terça-feira, 30 de novembro de 2010

O orçamento da RAM prejudica as empresas e impede a criação de emprego


1. O Orçamento da Região para 2011 dá mais uma facada no ambiente empresarial da RAM. Infelizmente o Governo do PSD da Madeira desconsidera de forma muito preocupante o papel das empresas no crescimento económico.
2. Este Orçamento é um verdadeiro cortejo fúnebre ao que resta do tecido económico local: aumenta impostos, mantém excesso de burocracia no apoios ao investimento (ostentando miseráveis taxas de execução!) apoia com dinheiro local (de todos os madeirenses) empresas externas, como é o caso dos apoios do programa + conhecimento; mantém a perseguição ao investimento privado através das Sociedades de Desenvolvimento (é preciso notar que o Governo Regional já é o maior empresário da restauração e agora quer também fazer hotéis); compete injustamente (é David contra Golias) no crédito da banca regional secando a liquidez para os projectos públicos tresloucados, impedindo que as PME’s da RAM possam se financiar; prejudica as PME’s suas fornecedoras ao ver-lhe cortado o factoring em virtude do excesso de utilização para fins impróprios; não resolve o garrote imposto às empresas pagando a tempo e horas;  subverte a importância das decisões de investimento público mantendo níveis reduzidos de apoios ao turismo e às empresas em geral; não é capaz de arrancar com a necessária diversificação da economia deixando a Madeira à mercê de uma monocultura do Turismo cada vez mais em crise e cada vez menos acarinhada.
3. O PS Madeira considera que só com empresas saudáveis num ambiente empresarial competitivo é que é possível termos esperança na luta contra o desemprego (são quase 16 000) e, não menos importante, na luta contra os pobres que são uma franja significativa da população da RAM e que já afecta quase 1/3 da população da RAM, mais de 70 000 pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza.
4. É verdade que é preciso reforçar a política social que este orçamento pura e simplesmente é omisso: não há medidas próprias para combater os problemas sociais de curto prazo. Mas torna-se indispensável redefinir as políticas de apoio às empresas de modo a dar-lhes a motivação e os instrumentos necessários para darem o seu contributo para a criação de riqueza e emprego.
5. As nossas empresas apresentam o risco mais elevado do pais e a RAM é a região do pais com maior proporção de falências! Perante o padrão do nosso tecido económico, muito assente num turismo em dificuldades e num sector de serviços dependente de uma estratégia diferenciadora para o CINM, que devolva interesse público à operação, precisamos de acabar, urgentemente, com o amadorismo da política económica na Madeira e apresentar soluções práticas e eficazes.
6. Só um reforço consistente numa política económica concebida à imagem das nossas necessidades, da nossa dimensão e do  nosso potencial  é que é Possível acreditar que existe um futuro risonho e que os madeirenses podem contar consigo próprios.
7. O grupo Parlamentar do PS Madeira considera que este Orçamento é palha para engordar os propósitos eleitorais do PSD. Não resolve problemas e agrava-os ainda mais em virtude dos avultados meios financeiros disponíveis para serem desviados para o regabofe que conhecemos.
8. No campo da economia e das empresas estamos certos que muita coisa tinha de mudar. O PS Madeira apresentará ainda esta semana o pacote de medidas viradas exclusivamente para devolver competitividade às nossas empresas e garantir mais emprego e riqueza. Apresentaremos soluções fiscais, propostas diferenciadoras na implementação dos apoios às empresas, orientações consistentes nos factores de competitividade  e um suporte credível para garantir a diversificação da nossa economia.
 

domingo, 28 de novembro de 2010

Para uma nova política de turismo

A excelente entrevista de João Welsh no DN M sobre o turismo da Madeira denuncia duas coisas muito importantes: em primeiro lugar confronta o Governo Regional com as más políticas de turismo na RAM, demonstrando ser fundamental uma estratégia coerente que inclua o turismo nos planos globais de desenvolvimento da nossa Região; em segundo, e não menos importante, são opiniões que estão em linha com as propostas do PS Madeira para o turismo e, sobretudo, reflectem o mesmo diagnóstico, conforme se pode se pode confirmar neste excelente trabalho do DN Madeira. Se o Governo do PSD demonstrasse capacidade para implementar as opções de curto e médio prazo propostas pelo PS Madeira, estou certo que teríamos um destino mais competitivo e bastante mais preparado para contribuir para a criação de riqueza e emprego na RAM e assim caminhar a caminho de um cluster muito imortante para a sustentabilidade económica da Região.
As propostas do PS Madeira são claras e demonstram que existe outras formas de gerir o turismo na Região e que as soluções de hoje não estão junto do PSD. Propomos uma actuação a dois níveis:

1 - No médio e longo prazo:
Definição de uma estratégica definitiva de modo a orientar as opções politicas do turismo com segurança e com rigor, permitindo facilmente avaliar os resultados
Aproveitamento do potencial ambiental para o turismo. Estabelecimento dos termos da sua exploração sustentável
 Definição de infra-estruturas necessárias para aproveitamento económico adequado do potencial ambiental
Actualização e aprovação de todos os instrumentos de planeamento urbanístico, incluindo a revisão do Plano de Ordenamento Turístico
Definição dos passos a dar, e em que sectores, de maneira a poder emergir um cluster do turismo
Transformar a escola hoteleira numa escola internacional de turismo, em parceria com as melhores do mundo
Estimular a investigação e desenvolvimento no turismo
Criar as condições para o cruzamento dos interesses paisagísticos da agricultura da Madeira com o turismo
2 – No curto prazo:
Suspensão da oferta até serem obtidas taxas de ocupação superiores a 65% e REv Par ao nível dos 45 euros;
Concentração da promoção, envolvendo intensamente o sector privado;
Duplicação das verbas afectas à promoção;
Redução para metade das taxas aeroportuárias
Programa operacional de apoio à manutenção do emprego no sector, através do FSE;
Programa de apoio à requalificação da oferta;
Estabelecimento de objectivos de excelência e internacionalização para a escola de hotelaria da Madeira;
Estabelecimento de uma estratégia de turismo on-line, consagrando uma verdadeira gestão de destino turístico, com investimento nas plataformas tecnológicas adequadas e potenciando a gestão da relação com o cliente aumentando assim a sua fidelização e permitindo o aumento das reservas directas para, pelo menos 25%.
Estabelecimento da melhor articulação entre a hotelaria tradicional e o mercado de cruzeiros de modo a aumentar a visibilidade da oferta tradicional, aumentando o seu potencial de procura.

sábado, 27 de novembro de 2010

A culpa é sempre dos outros...

Mais uma análise relevante de Luis Calisto no DN Madeira que devia servir para os madeirenses acordarem da dormência e apatia que vivem. 
Deixo algumas partes do artigo que falam por si:

"Quarta-feira, a comissão política do PSD-M, onde se acoitam os políticos com poder, os empresários do regime e os que acumulam, limitou-se a blasfemar sobre as eleições para Belém (nacionais), greve geral (nacional), Orçamento (nacional) e governo PS (nacional). Sobre a profunda crise insular, apenas as denúncias da ordem sobre os almoços misteriosos de uns subalternos de frágil confiança.

 (...)
A 'Madeira nova' vicejou enquanto o dinheiro supriu a inconsciência do pato-bravismo saloio. Crescendo por dentro, inchou como a rã e os escombros visíveis hoje por todo o lado pressagiam triste fim. Como saírem os madeirenses "mais fortes da crise"? Nem com essas paisagens dantescas a fazer de atracções turísticas. Uma réplica do Colosso de Rodes nos destroços do Lugar de Baixo? Uma Cidade Perdida à moda Inca nas ossadas de cimento em plena Estrada Monumental? Falta qualidade arquitectónica. Quando muito, daqui a um milénio virão turistas contemplar as ruínas faraónicas das ilhas e fotografar a múmia que ainda governe as Angústias, na altura."

Faca nas costas de Sócrates e de Passos Coelho: uma jogada de mestre ou mais um tiro no pé?

Do meu ponto de vista a análise de Miguel Silva merece uma reflexão de todos e, sobretudo, do PS Madeira. É óbvio que a seriedade e a consistência discursiva, assim como a promoção das boas relações institucionais não é uma matéria que entusiasme os eleitores da Madeira. Ao que parece os madeirenses preferem a demagogia, a má-fé e até nem se importam das atitudes "à má fila" do PSD M: nas negociações do OE tiveram tudo o que queriam,até o caminho aberto apra o regabofe na utilização dos dinheiros públicos, acenaram com a abstenção (entre contradições e mais contradições!) mas no fim enfiaram a faca nas costas. Vale a pena, apesar de tudo, perguntar: mais alguém está disponível a negociar abertamente com esta gente? Quando a Madeira precisar de solidariedade, compreensão e apoio, os intervenientes nacionais, seja Sócrates, seja Passos Coelho, estarão descansados dos acordos que fazem com gente como esta? Este oportunismo político é, do meu ponto de vista, incompatível com a boa performance governativa. Ninguém governa bem em clima sistemático de desconfiança e falta de seriedade junto dos parceiros naturais. A Madeira tem que se entender com a república, qualquer que seja o Governo. Estes episódios mancham definitivamente essa possibilidade. Mas os madeirenses é que sabem!  

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Orçamento da RAM: o embuste...


1.      Trata-se de um orçamento na linha do passado mas com mais perigo: tem muito dinheiro entregue pela república e, por essa via, incorpora demasiado desperdício e o habitual desvario na utilização dos recursos financeiros;
2.     Sendo assim no plano das receitas e a sua utilização vale a pena dizer o seguinte:
a.     Só do Orçamento de Estado serão transferidos 324,1 milhões de euros.
b.     Tem previsto mais 171,5 da União Europeia, perfazendo só de transferências da UE e do Estado Português quase 500 milhões de euros (495,6)
c.      Já os madeirenses contribuem com mais de 711 milhões de euros (através de impostos) que a RAM retira do bolso de empresas e famílias, cada vez com menos rendimento disponível.
d.     Além disto, as receitas do Orçamento ainda crescem mais porque o Governo Regional prevê vender mais de 130 milhões de património mas ninguém sabe para quê e o quê?   
e.     De endividamento a RAM contrairá cerca de 450 milhões sendo 250 em avales e 200 em empréstimos à banca, destes, 75 deviam ser utilizados para  reconstrução.
3.     Se abordarmos a forma de utilização destes milhões de euros os madeirenses devem ficar com os cabelos em pé e tratarem da sua vida porque este governo abandonou-os completamente:
a.     No plano social não há política própria. Se não fossem os mais de 11 milhões que a Segurança Social transfere para a RAM, os madeirenses não tinham acesso a política social.
b.     Por outro lado, existem fortes indícios de desvio de verbas da reconstrução: Se admitirmos que em 2011 o Governo devia gastar 260 milhões em obras de reconstrução verifica-se que no plano de investimentos não está clarificada esses montantes e, sobretudo, os projectos a que dizem respeito.
c.      Outro indício claro do desvio de verbas da reconstrução é a ausência de clarificação de parte dos 300 milhões (75 por ano) que deviam ser afectos pelo Orçamento Regional às obras de reconstrução.
d.     Na verdade a fartura de transferências da UE e do Estado Português para a reconstrução está a ser canalizado ostensivamente para as espetadas, os estádios de futebol, os hotéis, construídos com dinheiro público.
e.     No plano do desenvolvimento económico este orçamento é recessivo: tem uma política fiscal penalizadora das empresas e não introduz qualquer política de dinamização do ambiente empresarial
f.      No plano dos gastos do Governo, o regabofe mantém-se: há dinheiro de fartura para manter empresas falidas e conselhos de administração desproporcionados; assim como há dinheiro para o jornal da Madeira, para transferir quase 600  milhões de euros em transferências correntes para entidades fora do controlo orçamental alimentando um monstro de desperdício.
g.     Apesar de esconder não apresentando o mapa plurianual de responsabilidades financeiras, sabemos que o Orçamento pagará em 2011 entre Via Litoral, Via Madeira e Via Expresso mais de 150 milhões de euros. Tudo isto a empresas que não têm risco e têm uma ligação directa ao Orçamento auferindo lucros anuais inadmissíveis.
h.     Alem disso, manterá contratos paralelos com as SD’s de modo a pagar a manutenção e a exploração de empresas que estão totalmente falidas e cujos investimentos nem libertam meios para pagar o funcionamento.
4.     No quadro da situação financeira e da divida, o descalabro é óbvio: são 200 milhões de divida directa mais 250 de avales e mais endividamento escondido com operações como a Via Madeira, Via Litoral e Via Expresso. Tudo somado são mais de 6 000 milhões de responsabilidades financeiras cujos encargos, só em juros, já ascende a 30 milhões de euros, se admitirmos uma taxa média de 5%. É demasiado descalabro financeiro para ser suportável por uma economia que não atinge os 5 000 milhões de produção.
 



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Em vez da reconstrução, espetadas e estádios de futebol. Está nas mãos do povo decidir o que quer

O PS e o CDS na Assembeia da República votaram a favor da possibilidade da utilização dos recursos da Lei de Meios noutras áreas que não a reconstrução. Devo dizer que por principio não me choca a aprovação desta proposta. É aliás a demonstração do respeito pela autonomia e nem sequer devia estar em causa outra coisa dado que a mesma está consagrada na constituição e o governo tem poderes legitimos para governar e escolher as prioridades. Mais, numa situação normal esta flexibilização nem devia merecer qualquer comentário : um governo regional, sério, rigoroso, e respeitável jamais iria colocar em causa desviar os dinheiros da Lei de Meios para outras matérias, porventura menos relevante (e menos ainda iria prometer afectar 300 milhões na reconstrução e desviar para estádios, restaurantes, hoteis e marinas!). Pois, é precisamente a partir daqui que passo a ter sérias dúvidas. Se admito que o PS e CDS na AR votaram em consciência e com a total das boas vontades, não deixa de ser perversa e indicadora de intenções a proposta formulada pelo próprio PSD Madeira. Ou seja, o PSD quis legalizar o que devia ser ilegal e quis sobretudo tentar legitimar (com o apoio do PS e do CDS) a má utilização dos dinheiros da Lei de Meios. Pois bem, sobre isto o PS Madeira sabe bem o que a "casa gasta" e sabemos que o dinheiro, com esta flexibilização ou sem ela, será ou seria mal gasto. foi por isso que propusemos uma Entidade Independente. Foi também por isso que o PSD votou contra: porque nunca teve intenção de utilizar de forma rigorosa os 740 milhões de euros que a República entregou ao Governo do PSD. A partir de agora a pressão sobre a utilização da lei de meios por parte da ALRAM deve ser mais apertada e mais intensa.
Na proposta de Orçamento Regional já está claro que tudo anda escondido. Ninguém sabe onde, como e quanto custa as obras da reconstrução. Mas cabe aos madeirenses exigir que nada disto seja feito em perfeito regabofe, ao gosto das vontades eleitoralistas de Jardim. Se o povo não abrir os olhos, garanto, em vez da reconstrução teremos espetadas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A chantagem: acaba-se com o futebol profissiona quando se acabar com a democracia

Vamos por partes: O Eng. Alves que é presidente de um clube de futebol da 1ª divisão. Este clube não tem, como nenhum outro na Madeira, condições para competir na primeira divisão tendo em conta as exigências que daí decorrem. Sabemos hoje que este esforço poucas contrapartidas traz à Madeira e deve ser reequacionado. Contudo, o clube que dirige tem um estádio de futebol e a própria sustentação da equipa de futebol paga por todos os madeienses  (lembro que pagam todos, mesmo os que nem são nacionalistas. E o mesmo acontece com o Maritimo e os outros. O ragabofe é proporcional à dimensão dos interesses a comprar!). Por isso este Senhor, e outros que por aí andam, alguns até com resultados tão miseráveis que há muito deviam ir embora de fininho, devia se dedicar à bola em exclusivo e transformar a sua preocupação, legitima e louvável, numa acção concreta e pedir ao seu partido para votar a favor de duas propostas do PS no ORAM:  1) diminuição de 30% das transferências para os partidos; 2) racionalização dos apoios ao futebol com o fim tendencial do apoio público ao futebol profissional. O resto é foguetório populista. Este chico-espertismo e a sua extrema demagogia é um factor de enorme instabilidade à já de si frágil democracia regional. A chantagem deste dirigente desportivo é violenta: acaba-se com o futebol profissional quando se acabar com a democracia

domingo, 21 de novembro de 2010

Madeirenses pagam

É capaz de ter sido uma semana horribilis para o Dr. Jardim mas a acmulação de desnortes e incoerências desta natureza conforme muito bem realça o jornalista Agostinho Silva no DN Madeira faz com os madeirenses estejam a viver, por tudo isto, a década horribillis com a governação Jardinista.

sábado, 20 de novembro de 2010

Bem dito

O artigo de hoje de Luis Calisto no DN Madeira é mais um momento de lucidez que nos deve fazer reflectir. Na verdade a catástrofe económica e social da Madeira é o resultado de más opções políticas do Governo Regional. Um governo do PSD que tem tido a estabilidade política necessária mas que tem desbaratado as maiorias absolutíssimas em prol de um desvario governamental, prejudicando os madeirenses. Contudo, estes factos objectivos parecem não ser suficientes para a fiscalização e a responsabilização do PSD e do Governo. Ou seja, o descalabro da RAM tem para a maior parte da sociedade, incluindo grande parte da imprensa, a sua génese noutras causas que não a governação Jardinista. Por outro lado, as coisas boas (?) são todas da responsabilidade do Dr. Jardim. Um governo que nunca é responsabilizado é um governo que não se desgasta. É um governo que dura, dura, dura,...Estes factos são observáveis todos os dias. O melhor exemplo pode ser demonstrado na boa iniciativa do DN Madeira que alargou significativamente as opiniões nas suas páginas, alargando bastante os temas. Quem quiser fazer um exercício observe os artigos de opinião, por exemplo de economia, e conte quantos se referem ao estado da economia da Madeira ou a fenómenos regionais nesta área. Todos (ou quase todos) enchem o peito para falar do continente, do Orçamento de Estado, do Ministro das Finanças...Nenhum (ou quase nenhum) se atreve a abordar os temas regionais. Se quiserem posso dar exemplos de alguns!    

O regabofe eleitoral com dinheiro fresco. Depois queixem-se!

Nunca o Governo do PSD teve tanto dinheiro disponível no Orçamento Regional: o Orçamento de Estado vai transferir 312,4 mihões de euros (o tal orçamento que o Dr. Jardim diz que não presta!); a UE dará mais 31,2 milhões; do Fundo de Coesão serão mais 265 milhões e ainda mais 65 milhões do Estado através do BEI. Estes valores mais as receitas de impostos elevados que o Dr. jardim impõe aos madeirenses permitirá que o PSD faça um regabofe eleitoral para 2011. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Porto Santo:uma ilha usada e abandonada

É preciso consagrar as condições especiais de dupla insularidade do Porto Santo e transferir esta condição para as medidas e políticas do governo. A situação económica e social catastrófica que se vive no Porto Santo obriga a medidas suplementares. Apresentaremos um pacote de soluções em sede de orçamento regional. 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O fracasso da autonomia Jardinista

 
AJJ tenta iludir todos, é a sua prática habitual. o Dr. Jardim anda confuso e baralhado porque a autonomia que criou é um fracasso, uma bandalheira que prejudica mais os madeirenses. Hoje já todos sabem que a regionalização da educação, da saúde apenas serviram para retirar dinheiro do bolso dos madeirenses. Estamos bastante piores que Lisboa e pagamos tudo. Ontem ficamos a saber que a mesma coisa se passou com a gestão do aeroporto. Ou seja regionalisamos essa gestão com a criação da ANAM mas se não tivéssemos feito teríamos taxas mais baixas (metade). Assim, vale a pena simplificar a confusão do Dr. jardim e a ligeireza da Senhora Secretária: o aeroporto da Madeira é nosso? Sim. Queremos entregar a Lisboa? Não. Queremos taxas mais baixas? Sim. Se integrarmos a ANAM na ANA resove-se o problema? Sim e acaba-se com uma empresa falida e os boys que por lá andam. E a Região não recebe nada em troca? Claro que recebe se souber negociar o activo que tem. E o aeroporto gerido pela ANA muda alguma coisa em termos de gestão e turismo? NADA!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O reconhecimento merecido

O DN Madeira ganhou um prémio internacional que atesta a sua qualidade e, sobretudo, premeia o esforço dos profissionais que lutam diariamente por uma imprensa mais livre, mais plural e mais qualificada. Os meus sinceros parabéns a todos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os madeirenses estão entregues à sua sorte

Na audição com a Secretaria das Finanças ficou uma certeza: a proposta de Orçamento da RAM para 2011 não contém as medidas necessárias para o combate à crise e as soluções para amparar aqueles que ficaram à margem do desenvolvimento desigual. Pior este orçamento não resolve problemas sociais e agrava problemas económicos.

As vias que nunca deviam ter existido...


As três concessões representam 3000 milhões de euros
No ano 2000 a Região iniciou um dos processos mais desastrosos para a vida dos madeirenses: a operação Via Litoral. Apresentada como uma solução para a manutenção de vias rápidas acabou por ser uma divida com elevados custos.
Em 2004 o TC avisava que a operação Via Litoral não apresentava vantagens para a RAM e, ainda por cima, condicionava seriamente o futuro das gerações futuras, pelos encargos assumidos no quadro do Orçamento Regional. O Governo, insolentemente, justificava a operação com a necessidade de “beber” o conhecimento de entidades privadas, capazes de fazer melhor: um certificado de incompetência a si próprio.
Pior, perante este argumento seria de esperar uma consulta alargada ao mercado no sentido de escolher os que mais sabem do assunto. Nada mais errado, a concessão Via litoral e depois a Via expresso e ontem a Via Madeira, foram todas entregues sem concurso mas representam, até ao fim da sua vigência, mais de 3 000 milhões de euros.
À Via Litoral o governo juntou a Via Expresso e ontem, num verdadeiro acto de “loucura governativa”, hipotecou, mais uma vez, os orçamentos da RAM nos próximos 30 anos em mais 1000 milhões de euros com a aprovação bases de concessão da Via Madeira (tudo feito sem transparência e sem informação suficiente).
Os resultados são claros: entre 2009 e 2011 o Governo pagará cerca de 360 milhões pela Via Litoral e Via Expresso, sendo que pode-se juntar mais 60 milhões pela Via Madeira em 2011, perfazendo um total de 420 milhões, só em 3 anos. Mas, em contrapartida, entre 2005 e 2008, os lucros da Via Litoral e Via Expresso (ainda não há dados da Via Madeira) ascenderam a 61,2 milhões de euros.
Vale a pena terminar referindo que a Euroscut Açores, uma concessão rodoviária nos Açores, teve em 2009 resultados negativos de cerca de 6 000 euros.
Por isso, nem as opções governativas são neutras para o bem-estar, nem as soluções encontradas, mesmo com a mesma forma, têm o mesmo impacto.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Apetece-me relembrar isto...



Na paróquia, com medo...
Foi há quatro anos, numa paróquia da maior freguesia da Madeira. Vi, senti e percebi tudo. Um dia inteiro dentro de uma sala minúscula, cheia de gente nervosa. Cheia de gente do PSD. Ao lado, no mesmo edifício, uma sala maior, mas, comentava-se, sem condições para as eleições. Foi preterida. Assim ficou tudo amontoado, muito aconchegadinho. Estranho ambiente para um acto eleitoral de uma paróquia muito povoada.
Eram 9 horas da manhã e há muito que tinha decidido passar aquele domingo numa sala daquelas com aquela gente. Mal fora notada a minha presença multiplicaram-se os reforços. Era preciso mais gente de modo a manter tudo como programado: com pressão e intimidação.
Fiquei lá, resisti. Sempre pensei que poderia ser assim.  Mas nunca supus  que fosse mesmo daquela forma. Os delegados, indicados pela oposição, estavam lá para garantir procedimentos adequados. Mas, paradoxalmente, tremiam a cada ordem minha de “anulação de voto”. Eram votos acompanhados, eram votos sugeridos, eram votos “forçados”. Olhava com insistência para o delegado indicado pelo PS M,  incrédulo com o que estava a presenciar,  procurando cooperação para garantir mais transparência e justiça na votação. Não conseguia sequer apanhar o seu olhar. Ao mesmo tempo, sugeria-lhe mais cuidado, mais atenção e menos compreensão nas evidentes fraudes, debaixo dos seus próprios olhos. Contudo, o restinho de esperança de controlo da mesa de voto que aquele delegado representava estava preso por muito pouco. Senti o medo nos seus olhos e nos gestos.  O medo de quem não quer contrariar o cacique da freguesia, que enche a sala onde decorre as eleições de uma autoridade espampanante, mas ilegítima : o homem que lhe leva as telhas compradas com dinheiro público,  que lhe garante cimentar-lhe o beco, que lhe promete mais ferro para a latada, ou pedra para a levada, que jura lhe assegurar a estrada ao pé de casa, que lhe parece garantir benesses várias e que ainda insinua poder tratar do emprego para a filha que está desempregada. O delegado sabia que talvez pudesse ter tudo isto ou nada disto e pior. Era melhor não dar nas vistas: meter a cabeça na mesa de voto e desistir de fiscalizar. Aquele cacique era o  mesmo que se colocava à minha frente, que me empurrava e insultava entre dentes. Não sabia bem o que fazer, mas tinha a certeza que as eleições livres que consubstanciam uma democracia saudável não era aquilo. Não podia ser.
Ora, é verdade que o exercício do poder pelo PSD é a face mais visível do rombo democrático que se vive na Madeira. É também claro que esse exercício anti-democrático e prepotente tem resultados devastadores na governação, conduzindo a Madeira para um abismo do desenvolvimento. Mas, além disso, ninguém duvide que a forma como a esta democracia é garantida é o resultado de violações graves nos processos eleitorais com corolário óbvio no dia das eleições. Admita quem quiser, mas parece claro que o PSD  da Madeira, em campanha eleitoral, não se transforma numa espécie de anjinho respeitador do princípios das eleições livres, depois de passar o tempo todo a pontapear a lógica democrática.Por isso, pelo que vi, pelo que vejo, pelo que sei, recuso-me a embarcar totalmente na ideia de uma vontade livre e isenta do povo. Há uma coação implícita num ambiente violento e perturbador. Não me peçam, a meio de todas estas palavras provas ou testemunhas. Não faço, nem quero fazer, parte dos mecanismos para a garantia da transparência das eleições. Contudo, é preciso falar de coisas sérias de forma séria. A máquina do PSD não se esgota na campanha eleitoral, estende-se vergonhosamente até ao dia das eleições e retira todos os dividendos dos “gloriosos” dias de campanha, incluindo os abusos e prevaricações cometidas com o olhar atento das autoridades que aguardam serenamente os papeis, mais ou menos bem escritos, que formalizam as benditas queixas. Sem elas (e mesmo com elas, se juridicamente frágeis), nada feito. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Infelizmente temos um governo inimputável

Afinal todos os partidos da oposição que propuseram comissões de inquérito tinham razão. Afinal há responsabilidades políticas. Afinal é preciso que a culpa não morra solteira. Ou será que as conclusões do estudo não têm, mais uma vez, consequências. Infelizmente o governo da RAM é inimputável e isto acaba por não ter as consequências devidas nem sequer na própria reconstrução.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

BASTA

A greve dos médicos e os episódios de violência em cima de um jornalista por parte de um cacique do regime, que nas horas vagas também é Presidente do Maritimo, são (mais) um sinal de uma situação de fim de ciclo. São porventura factos que demonstram ser necessário uma reacção mais objectiva e severa da sociedade civil. Demonstram que o caminho que estamos a percorrer conduzirá ao definhamento. A herança jardinista é um passaporte para o descalabro económico, social mas também uma via verde para a construção de uma sociedade sem valores, sem principios sem rigor sem exigência nos padrões básicos de uma democracia moderna e adulta, sem exigência na qualidade indefectível dos comportamentos. Uma sociedade presa ao acessório e distante das coisas mais importantes para um crescimento equilibrado e transversal. É preciso dizer BASTA!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os mercados já não são o que eram!

A especulação é o resultado do sistema financeiros global que o mundo moderno criou. A especulação tem agentes que são respeitados nos tais mercados. Ultimamente os mercados, com a intervenção dos especuladores, costumam ficar nervosos porque não recebem sinais convincentes que a divida pode ser paga por um determinado país: os juros da divida aumentam. O país tem de dar sinais de austeridade, demonstrando que são capazes de pagar e não entrar em falta: se suficientemente convincente os juros da divida diminuem. Mas para alguns países, decorrente da sensibilidade de alguns especuladores, os mercados não se contentam com medidas. Querem execução, caso contrário os juros da divida aumentam. Os países seguem as orientações dos especuladores, que "brifam" os mercados, e  mostram mais austeridade afirmando mais convicção nas medidas. Os países mostram a sua dependência dos mercados e atiram as convicções ideológicas para o charco! É o fim da soberania, o inicio da fantasia que esconde o que é essencial,  mas também o fim da honestidade dos mercados. Todos à mercê dos especuladores! 

sábado, 6 de novembro de 2010

Luis Calisto e a treta do Dr. jardim

Luis Calisto no DN de hoje esclarece ao Dr. Jardim que a sua "autonomia da treta" tem a sua génese no seu próprio comportamento. Não podia estar mais de acordo!


"...Hoje, uma 'autonomia de treta'  encolhe em S. Bento os delegados da maioria doméstica. Corifeus e acólitos imprecam os 'maricas de Lisboa' e os 'chulos da III República' brandindo a autonomia para simular destemor. Ofendem de longe, evitam disputas eleitorais por lá e fogem aos sinédrios do Estado onde deviam comparecer para reproduzir, cara a cara, as expressões carroceiras. A autonomia malcriada degenerou numa 'autonomia de treta'. Não há poder para amaciar impostos nem meios para proteger o povo que acreditou na transformação do basalto em ouro..."
Ler o artigo completo aqui

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As opções de ruptura são indispensáveis

Na ACS o PS Madeira apontou o único caminho possível: um orçamento de ruptura que crie condições adequadas para a competitividade da nossa economia regional, garantindo a criação de emprego e riqueza.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Orçamento Regional vai transferir em 3 anos 485 milhões para a Via Litoral e Via Expresso

A gestão dos dinheiros públicos tem de ser mais ponderada e rigorosa. Lucros de 19 milhões de euros nas duas concessões rodoviárias em 2009 é obsceno e tem de merecer alterações significativas de modo a obter margemd e manobra para garantir a defesa dos interesses dos madeirenses. Infelizmente parece que o PSD Madeira quer manter os lucros da Via Litoral e Via Expresso e assim ter de baixar os salários dos funiconários públicos. Então vale a pena perguntar: a manifestação dos madeirenses deve ser contra quem?


A confusão deliberada de alguma oposição...

Vamos falar claro: é ou não verdade que a Madeira é uma região com condições especiais por isso é considerada ultra-periférica? É ou não verdade que essas condições permitem auferir vantagens acrescidas quer da república quer da UE: IVA mais baixo, poseima,possibilidade de impostos mais reduzidos, apoios à ultraperiferia? Sendo assim é ou não verdade que o que se aplica no país não tem de ser aplicado, na íntegra, na RAM? Sendo assim é ou não verdade que se justifica que se aprove opções para o Continente diferentes das opções para a Madeira? É claro que sim, por isso aqueles que procuram contradições na actuação do PS Madeira devem reflectir e colocar a mão na consciência...

Vale a pena ler o meu amigo André Escórcio

As energias da oposição têm de ser concentradas na luta contra o regime Jardinista,  conforme refere André Escórcio

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O patético tabu do PSD

O PSD alimentou o tal tabu que poderiam votar contra o OE. Eu sublinho: pelo que ouvi e vi do Dr. Jardim e de outros ilustres do PSD Madeira só podiam votar contra. Afinal abstiveram-se. Claro, é óbvio que este era o único caminho possível, o resto é propaganda miserável. Mas cai quem quer!

Os efeitos do OE dependem do ORAM...

Observo com apreensão o desassossego dos partidos da oposição na Madeira face ao OE. Será que alguém pode explicar que as consequências do OE na Madeira depende do Orçamento Regional, i.e., do Governo do PSD? Sendo assim, era interessante que as energias dos partidos da Região fossem colocadas na garantia da defesa dos madeirenses e essa só é obtida no quadro do Orçamento da RAM!Ignorar esta verdade indefectível é atirar na trave e dar uma machadada em si próprio: são partidos dispensáveis na RAM...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A treta do Dr. Jardim

O PS Madeira apresentou um projecto alternativo

A discussão temd e ser feita a bem de todos os madeirenses. Está na altura de confrontar propostas, ideias e soluções. O PS Madeira já deu o mote e avançou com ideias e soluções concretas. Algumas são arrojadas, outras menos populares, outras ainda indispensáveis. Mas, o que se sabe é que estão em linha oposta às opções do PSD. Com um orçamento regional que siga o perfil estratégico apresentado aqui passaria a existir margem de manobra para pensar na economia, nas empresas e, principalmente, nas familias que vivem momentos dificeis de aperto financeiro, consequência do abandono a que forma remetidas por este governo do PSD. Os próximos dias são determinantes para uma discussão aberta e conclusiva sobre o que querem os madeirenses em termos de orçamento regional para 2011. As soluções que forem aprovadas em Dezembro deste ano serão condicionadoras do futuro e do bem-estar de todos nós. Estou certo que ninguém se deve excluir desse debate. Todos devem exigir ao governo do PSD que se explique e que apresente soluções coerentes e compatíveis com o estado da Região. É preciso que o PSD asuma responsabilidades da governação que exerce há mais de 35 anos e, para isso, tem de debater e falar claro sobre quais as opções que fará para 2011.

O carrasco da autonomia quer atirar austeridade sobre as familias mas não sobre ele próprio!


“A nossa autonomia é uma treta”. Disse o Dr. Jardim em plena festa da castanha.
O Grupo Parlamentar do PS Madeira não podia estar mais de acordo. Mas acrescenta: o carrasco desta autonomia é o PSD Madeira.
Estamos num momento em que os instrumentos da autonomia devem ser utilizados até à exaustão para garantir que a Região ultrapassa os momentos difíceis que vive. O PSD apenas a utiliza para foguetório eleitoral e politica de insulto gratuito.
Aquando a discussão do orçamento rectificativo apresentamos mais de 20 soluções para compensar os efeitos da crise interna; Na ALRAM apresentamos uma proposta de Decreto Legislativo Regional para introduzir os estabilizadores económico-sociais de modo a minimizar os efeitos da crise junto dos mais desfavorecidos e desempregados.
O PSD votou contra tudo isto e, ainda por cima, contribuiu para usar a autonomia contra famílias e empresas regionais: aumentou impostos, fez crescer o desemprego e não compensou os mais pobres.
Agora com a perspectiva de um orçamento de estado restritivo, o PS Madeira apelou por várias vezes para que as medidas de austeridade que recaem sobre famílias e empresas não sejam aplicadas na Madeira.
O PCP e O PSD Açores propuseram o mesmo que o PS Madeira, demonstrando que é para isso que deve servir a autonomia.
O Governo dos Açores que já garantiu há muito tempo que os açorianos paguem menos impostos, ganhem maiores salários, tenham mais apoios sociais, já afirmou que vai utilizar todos os instrumentos para ajudar os açorianos, através do Orçamento Regional dos Açores.
Na Madeira continuamos suspensos e quase atónitos a observar o Governo a manter a austeridade sobre as famílias e empresas mas não sobre ele próprio: o governo não limita gastos, anuncia apoios a estádios de futebol, promove empresas públicas falidas, incentiva administrações despesistas e em contra-partida  recusa apoio a famílias, recusa manter os salários da administração pública ou recusa apoios para a promoção de mais emprego.
A bancada parlamentar do PS Madeira volta a desafiar o governo a apresentar uma proposta de orçamento regional que atire a austeridade para cima do desperdício do governo e retire-a das famílias e empresas regionais que têm suportado os desvarios da governação.