terça-feira, 28 de setembro de 2010

O povo concorda que o GR do PSD desterre mais de 50 milhões de euros num estádio de futebol?


O chumbo do visto do tribunal de contas ao contrato programa do Governo Regional com o marítimo é um falso problema. Infelizmente, este acto não resolve a questão principal: o circo em que se transformou a governação jardinista, com opções políticas a lembrar o pior dos regime de ceausescu.
O problema fundamental reside sobretudo nesta forma irresponsável de governar. O governo do PSD, mais uma vez, tomou as decisões erradas: decidiu pagar com o dinheiro dos madeirenses (o actual e o do futuro) dois estádios (só para falar dos principais) que custarão mais de 100 milhões de euros ao erário público. Pior que tudo isto. Decidiu fazer estádios sem ter dinheiro para o efeito mas recorrendo à banca para pagar até 2026! Portanto, que fique claro que consideramos excessivo, inapropriado e de prioridade duvidosa que os parcos recursos dos madeirenses sejam utilizados para construir dois estádios de futebol e que, em contrapartida, o Governo não seja capaz de apresentar soluções para um novo hospital ou para a reestruturação da divida às farmácias ou mesmo para reequilibrar o funcionamento das escolas, entre outras prioridades bastante mais óbvias e dignas de um governo ponderado.
Mas o circo governativo não acaba aqui. Isto é apenas o inicio do descalabro. Porque, depois de ter optado mal, o Governo do PSD fez ainda pior. Encontrou um formato administrativo inquinado porque promove o aumento da divida da RAM sem consultar a ALRAM. Sabemos bem que o veto do tribunal de contas apenas atrasará o processo. Não resolve esta palhaçada Jardinista que afecta milhares de cidadãos da Madeira optando por desterrar o nosso dinheiro em prol de opções eleitoralistas e interesseiras que o povo, estamos certos, jamais concordaria. O Tribunal de Contas não é responsável pela atrevida e insólita opção de numa terra de 250 mil pessoas o governo construir, com dinheiro público, dois grandes estádios de futebol. Mas o povo deve demonstrar a sua revolta da forma mais objectiva possível porque é o seu dinheiro e o seu futuro que está em jogo.

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