terça-feira, 8 de junho de 2010

É preciso que o governo GOVERNE!


A situação do Turismo da Madeira é de enorme gravidade. Ao mesmo tempo o Governo Regional,  através da tutela, mantém um registo governativo ziguezagueante e, sobretudo, desadequado aos desafios que o mercado impõe e que a situação interna e internacional exige.
O Grupo Parlamentar do PS Madeira observa com enorme indignação mas sobretudo com preocupação a ausência de um pacote de medidas estruturantes que ajudem o sector, os seus agentes e os mercado de trabalho a superar as grandes dificuldades.
A par de uma crise estrutural que atirou o sector para taxas de ocupação média próximas dos 50% (quando em 1998 era de 63%, numa queda de mais de 10 pp) e diminuiu significativamente os preços médios, condicionado a qualidade do destino, provocada pela pressão da oferta não compensada pela adequada alavancagem da procura, basta referir que a oferta cresceu sempre desde 1998 3% acima da procura, a Madeira vive agora uma crise conjuntural grave que coloca os empresários do sector numa fragilidade absoluta perante o futuro dos seus negócios.
Este facto, observado por todos aqueles que estão atentos às variáveis do sector são bem conhecidos: os proveitos em 2009 caíram 17% e agravam-se em 2010; as receitas globais diminuíram 42 milhões e em 2010 diz-se que o sector já perde dinheiro e a Madeira teve menos 117 mil turistas em 2009, contribuindo ainda mais para a pressão da oferta e para a diminuição dos preços.
Perante este cenário dramático os responsáveis pelo destino Madeira fazem agora exactamente o mesmo. Ou seja governam para os jornais e para a noticia, oca, mediática e de aproveitamento político. Contudo, enquanto isso acontece centenas de postos de trabalho podem estar em causa e dezenas de empresas que vivem directa e indirectamente do sector.
Neste contexto apatia do Governo do PSD o Grupo Parlamentar do PS Madeira não pode ficar indiferente e apresentará no decorrer da próxima semana três medidas legislativas que possam acudir neste momento muito difícil empresas e trabalhadores do sector:
1.     A primeira será a apresentação de um proposta para conter num Período a definir, mas não menos de dois anos o crescimento do numero de camas na RAM. A ideia é garantir que as que existem não encerram e que não aumente de forma incontrolável o desemprego no sector. Esta medida deve ser desbloqueada quando as taxas de ocupação e o preço médio atingir níveis razoáveis.

2.     A segunda proposta será a apresentação de um programa, em articulação com o FSE, de contenção de desemprego no sector;

3.     A terceira medida é a criação de um pacote especial de apoio à recuperação e sustentação das empresas do sector do turismo em risco de encerramento, desde que justifiquem a sua viabilidade futura. 

4.     A quarta medida é a redefinição, controle e reforço do financiamento da promoção e do apoio às rotas, de modo a concentrar esforços na salvaguarda da viabilidade do destino

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