quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A verdadeira discussão não se faz: mais dinheiro devia querer dizer melhor governação e prioridades adequadas

Em primeiro lugar anda para ai um histerismo por causa da diferença de transferências do OE entre a Madeira e os Açores. Qual é a novidade? Desde 2003 (pelo menos) que é assim. Ou seja, mesmo no quadro da anterior LFR os Açores sempre receberam mais e, curiosamente (ou não!) nunca ouvi uma única observação de Jardim e seus seguidores. Coincidência?

Em segundo lugar, não compreendo o que se passa com a (suposta) pro-actividade da oposição na Assembleia da República que faz um discurso feroz contra Sócrates no quadro da LFR mas, paradoxalmente,  tem a maioria e mesmo assim não aprova a revisão desta mesma lei? Coincidência?

Em terceiro lugar, que fique claro que gostaria que a Madeira tivesse muitos mais milhões mas infelizmente a estratégia do PSD que governa a Região impede que este desejo se concretize efectivamente por duas razões de fundo: 

a)em primeiro lugar porque recusa admitir que a Madeira tem problemas de desenvolvimento (é mais pobre que o resto do país, apesar do PIB elevado). Admitir isto significava colocar em cima da mesa não apenas uma LFR prejudicial aos madeirenses por sua própria responsabilidade (não recusou liminarmente o indicador PIB, até aceitou-o nas negociações da UE para os fundos (levando à perda de 500 milhões de euros) mas um novo discurso junto da UE para alterar a maior injustiça de todos os tempos provocada aos madeirenses;

b) em segundo lugar, porque quanto mais dinheiro tem a Madeira pior a governação e mais invertida são as prioridades do governo. Vejam só o último discurso de Jaime Ramos a convencer AJJ a encontrar mais obras públicas para alimentar o seu império construído à custa do Orçamento Regional e contra os interesses dos madeirenses. Coincidências?

Sem comentários: