terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O PSD quer um pré-pagamento no escuro!

Há quem pense que as transferências externas devem ser enviadas numa lógica enviesada e sem sentido de responsabilidade. Ou seja, infelizmente todos conhecemos o histórico despesista do governo do PSD. Todos sabemos que os dinheiros são normalmente mal empregues: a favor dos interesses económicos de alguns PSD's e quase nunca a favor de interesses regionais. Por isso, não concordo que as transferências do exterior devam ser um cheque em branco. Aliás não é (nem foi) assim com a UE. As transferências são acordadas com base num plano estratégico (O PDES!).
Ora, hoje o PSD e outros andam histérico por causa do dinheiro da república mas esquecem algumas questões fundamentais:
o endividamento da RAM é endividamento da república (só a total independência impedia que assim fosse, mas também acabavam as transferências!)
Os avales que a RAM concede são, no limite, avales da república (se a RAM não pagar tem de pagar a república...)
O uso dos dinheiros públicos, neste contexto de autonomia, devem ser acompanhados de um espécie de selo de responsabilidade
Essa responsabilidade só pode ser avaliada com um programa sério coerente e consistente para ultrapassar a crise e não uma "feijoada com todos" em que ninguém percebe qual a estratégia do PSD (quer tudo o que a república tem - mesmo sem concordar - e mais dinheiro para as loucuras habituais, normalmente despesistas e sem interesse efectivo para o bem estar das regiões e das populações)
Portanto, o PSD, para ser levado a sério, tem de fazer as coisas de forma séria: deve apresentar um orçamento rectificativo com as medidas que considera adequadas (sem aproveitamento parolo e inconsistente dos dinheiros do QREN) definir as fontes de financiamento e solicitar à república aquilo que possa parecer adequado e realista. Tudo o que se faça fora deste plano de actuação é chicana política é demagogia pura é desviar a atenção do essencial: este governo demonstra não estar ao nível das exigências do momento. Infelizmente não se trata, como alguns pensam, de dinheiro. Trata-se de estratégia, planeamento, análise e tomada de opções adequadas no tempo certo e na prioridade adequada.
Não se compreende que num clima de recursos escassos o governo do PSD não inverta prioridades. Ninguém compreende mas poucos querem apelar a esta indispensável mudança!

Sem comentários: