sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Urgente pensar

Terminou hoje o que devia ser um debate do orçamento.
Devia ser mas não foi. Foi antes uma farsa imposta pelo PSD através de um regimento que coloca toda a oposição num verdadeiro colete de forças. Naturalmente que todos nós já pensamos se devemos participar neste branqueamento imposto pelo PSD. Naturalmente que todos aqueles que são favoráveis a uma democracia sã, equacionam se o caminho de andar por ali, tentando aproveitar os poucos segundos oferecidos, quase num contexto de esmola à oposição, resolve alguma coisa. Bom, vou ser franco, não conheço muitas soluções mas estou certo que outras entidades que não a oposição (e não me refiro a órgãos de soberania) podem fazer mais pela objectiva necessidade de alterar este status quo do que na verdade têm feito.
Estou certo que ninguém compreende este estado de coisas. Estou certo que qualquer ser humano que observe o que se passa na governação da Madeira, na prática política do PSD, não percebe o óbvio: se a oposição é assim tão má, se não têm ideias, se não prestam, porque razão não lhes dão tempo e encostem esses senhores (os da oposição) de uma vez por todas a um canto? Por se incomodam tanto com a possibilidade da oposição comentar, discutir e apresentar propostas? Há, na verdade, algo que não bate certo. Se estão assim tão seguros, era uma oportunidade para fazer KO à oposição...
Entretanto, o Presidente do maior partido foi à ALRAM, como lhe competia, mas enquadrado num regimento absurdo (fala sem limite de tempo e sem direito a respostas). Este Senhor protagonizou o episódio mais lamentável do debate. Insultou, ofendeu e pura e simplesmente não se deu ao respeito, desrespeitando, ao mesmo tempo, tudo e todos. Um circo, um verdadeiro reality show, fazendo de todos os madeirenses verdadeiros palhaços.
Digo de forma clara: não gosto disto, não me parece que isto possa continuar por muito mais tempo. Enfim, estou desiludido e lamento por todos os madeirenses. Espero, sinceramente que todos possamos fazer o nosso papel. Já não está em causa o partido A ou B, ou a pessoa X ou Y. Está em causa o nosso futuro, o nosso equilíbrio. É preciso reflectir sobre isto URGENTEMENTE!

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