quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Equilibrismo da delegação Regional da Ordem de Economistas

Este regime do PSD captura toda a sociedade civil, roubando toda a margem de manobra de intervenção necessária para uma região moderna. Foi o que se viu com a delegação regional da OE. Está capturada e encaixada no regime tal como era desejável por AJJ.
Apesar do esforço de parecer distante, os comportamentos, as palavras e as atitudes estão longe de comprovarem essa intenção: para o actual Presidente da delegação da OE o problema da crise da Madeira também é das transferências da república mesmo sabendo (e não duvido que sabe!) que antes disso, a partir de 2004, a maior parte dos indicadores que avalia o desenvolvimento das regiões deu sinais claros de um fracasso governativo: pobreza, desemprego, menos rendimento disponível e até fraco crescimento do PIB REAL (em 2006, um ano antes da nova LFR, o PIB real da Madeira foi inferior ao dos Açores).
Mas apesar da importância para Eduardo Jesus desta matéria, não me pareceu minimamente preocupado com a perda de 500 milhões, bastante mais do que a república. Critérios?
Além disso, puxado pelo entrevistador ainda tentou afirar que o problema de impostos a mais é uma questão nacional. Não é uma questão nacional: existem regiões em Portugal em que a competitividade fiscal é bastante mais baixa do que na Madeira (à custa de uma política fiscal de Sócrates e de Carlos Cesar diferenciada). Ainda por cima na Madeira o Governo pode reduzir impostos e não reduz. É difícil fazer equilibrismo, eu sei, mas esperava-se outra frontalidade, outra objectividade.Nesta matéria os factos são claros: se compararmos a Madeira com os Açores, os madeirenses pagam de impostos quase 3000 euros per capita, os açorianos pagam 2300. Está certo?
Mas, além disso, um bocadinho entusiasmado o Presidente da delegação da OE também afirmou que nós (?!) assumindo o lado do PSD e do governo já estamos a pensar numa mudança. Já? Onde, como, para onde?
Ficamos assim....

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