sexta-feira, 12 de setembro de 2008

É isto que não pode acontecer...

Li isto no blogue de LFM, a propósito de uma intervenção de Presidente do Grupo parlamentar do PS M: "A primeira constatação é que não me parece que possa haver debate sobre uma iniciativa que ninguém conhece, porque nem foi formalizada. Depois, não creio que o Vice-Presidente do Governo seja a entidade mais indicada para um debate em torno desse tema, dado que estamos a falar de uma iniciativa do grupo parlamentar do PSD da Madeira sancionada previamente pela Comissão Política. Sabe-se apenas que há a intenção de a apresentar, mas o grupo parlamentar do PSD apenas reúne a 19 de Setembro para definir a sua estratégia. Por outro lado, quando se fala no regimento e nos direitos da oposição, não se pode misturar alhos com bugalhos, para que as pessoas percebam do que falamos em vez de ficarem mais confusas. Se a questão tem a ver com tempos, continuo a pensar que a cada deputado do PSD, que tem 70% dos mandatos, forem atribuídos 2m para falar, o que é que impede que esses mesmos 2m sejam atribuídos aos deputados da oposição. Não há deputados de primeira ou de segunda. Se a questão é posta numa patamar político, de tentar comparar direitos entre grupos parlamentares e partidos com um único representante, acho que nem precisamos muito de deambular em torno deste tema. Finalmente, se o essencial da discussão terá a ver com a capacidade de iniciativa dos grupos parlamentares, com a realização de debates políticos, com outras normas regimentais, aí o problema coloca-se num outro nível, da negociação política e na discussão que necessariamente terá que haver quando alguma proposta for apresentada na Mesa, o que até hoje não aconteceu


Ora, é precisamente isto que LFM não pode, não deve, não tem autorização para fazer. Este funcionário da ALRAM, ainda por cima chefe de gabinete do Presidente, não percebe, não quer perceber, finge que não entende, que o seu cargo (do qual parece evidente que merecem ser questionadas as suas condições pessoais - de comportamento, deontológicas e de isenção - para o exercer!) surge como a voz critica ao PS na ALRAM. Será difícil que este Senhor entenda que ninguém (acredito que Miguel Mendonça não considere adequado este ímpeto insólito do seu responsável pelo gabinete!) lhe conferiu autorização para falar das propostas e opiniões do PS Madeira que terão por alvo o parlamento onde é funcionário. Repito. Não é normal que um funcionário da Assembleia, por isso alguém que deve respeitar, em toda a linha e de todas as formas, todos os deputados quer sejam do PSD, quer seja da oposição venha dar opiniões de conteúdo político. Não discuto politica com funcionários, muito menos com o chefe de gabinete do qual é exigido um comportamento exemplar(?). O PSD tem deputados coloque-os a discutir os assuntos e as matérias que ache relevante. Aí a história é completamente diferente.
O que acham que aconteceria se o chefe de Gabinente de Jaime Gama (que nem conheço, nem faço questão, mas que deve ser socialista -penso eu!) desatasse a comentar, de forma negativa e claramente tendenciosa, as iniciativas e o comportamento dos deputados do PSD e de outros partidos na Assembleia da República? Garanto-lhe que haveria um autêntico levantamento geral na Assembleia, com repercussões graves junto da mesa da Assembleia. Tenho dúvidas que o Senhor mantivesse o lugar...
Neste momento considero inadmissível o comportamento de LFM e, volto a dizer, nada será como dantes. Pelo menos comigo!

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