quinta-feira, 13 de março de 2008

Não há coincidências

Hoje o DN Madeira traz uma noticia aparentemente inocente mas com grande destaque: ACIF, na comemoração do dia do empresário a 21 de Maio, convida um guru para falar no sucesso irlandês. Chega ao cúmulo de apelidar William Cunningham, um fiscalista, como o pai desse sucesso. Enfim só para lembrar alguns distraídos este Senhor escreveu há poucos anos atrás numa revista Economia & Prospectiva, onde também escreveu o Dr. Francisco Costa e outros, dedicada às economias de pequena dimensão, o seguinte artigo: As zonas francas : panorama, sucessos e perspectivas / William Cunningham.
Ora, numa altura em que se discute o real valor da Zona Franca da Madeira, na sequência do modelo seguido pelo Governo do PSD, e onde se procura avaliar a responsabilidade das decisões tomadas sem um conhecimento efectivo do efeito das actividades da Zona Franca no rendimento das familias madeirenses, será uma coincidência este jeitinho da ACIF? Parece que definitivamente esta instituição já não consegue descolar da influência decisiva do grupo pestana. É pena. Perde a Madeira e perdem os empresários...
Mas, lembro também que foi esta mesma isntituição que na sequência de um apelo de AJJ veio a público "dizer umas coisinhas" contra o Governo da República por causa da LFR. Resta agora saber porque não faz o mesmo papel de indignação pelo facto do AJJ ter enganado os madeirenses e com isso estarmos a suportar um custo de 500 milhões de euros (o que deixamos de receber por deixarmos de pertencer às regiões de convergência) bastante mais que o que deixaremos de receber na sequência da LFR...

2 comentários:

Anónimo disse...

A coisa é simples, os empresários que não concordarem com a ACIF e o modus operandi deles, que criem outra associação e mandem a ACIF passear!

il _messaggero disse...

...num contexto regional diminuto e altamente dependente do investimneto público, não é assim tão fácil gerar apoios e criar uma nova associação de raíz.

A politização da mesma julgo que foi/é uma inevitibilidade, mas o ideal seria a separação das águas...

No entanto será interessante esta conferência. Nunca se sabe se Cunningham tira um coelho da cartola que seja inesperado para os intentos dos promotores dessa iniciativa.