segunda-feira, 31 de março de 2008

Em viagem

Satisfazendo a curiosidade de alguns que por este blogue vao passando nao fui a inauguracao da sede do PS porque estou em trabalho fora de Portugal, pelos lados do Medio Oriente. Curiosamente, nao estou em plena democracia mas respira se bastante melhor que na Madeira...

PS. peco desculpa pelos erros e ausencia de acentos mas o teclado que uso nao tem tudo o que a lingua portuguesa exige. Estou certo que compreendem...

A Asneira

O branqueamento que Gama ajudou a construir, provoca este tipo de mensagenshttp://madeiraminhavida.blogspot.com/http://madeiraminhavida.blogspot.com/

Gama

Estou longe, muito longe da Madeira mas pelo que tenho lido o efeito das afrmacoes de Jaime
Gama foram no sentido certo: a indignacao.

Estou totalmente de acordo com o voto de protesto da Comissao Politica do PS contra as infelizes declaracoes de Gama. Espero que tudo isto sirva para que os dirigentes do PS tenham perfeita consciencia do que se passa na Madeira e que nao facam discursos inocuos e manifestando total desconhecimento do que tem feito o PS M e os fundamentos da sua alternativa. MArcos Perestrelo nao sabe do que fala...Mais uma vez lamentavel...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Triste episódio...


Jaime Gama, o Presidente da Assembleia da República, um ilustre socialista, esteve na Madeira para o encerramento do congresso da ANAFRE. Não conheço pessoalmente esta importante figura nacional mas depois do que ouvi confesso, com toda a sinceridade, ter muito pouca vontade para o conhecer.
O que ouvi, arrepiando-me só de imaginar que podia estar a vê-lo, é mau demais, configura uma realidade intolerável, merece uma reflexão objectiva e deve servir para colocar os pontos em todos os i's, de uma vez por todas. Pelo menos, da minha parte, assim o farei.

Em 1992, Jaime Gama disse: "nós não temos medo…” depois repetiu “nós não temos medo do Bokassa da Madeira". A partir daí, o seu pensamento, e sobretudo a sua atitude, sobre o homem que governa a nossa Região mudou radicalmente. De Bokassa, passou, a partir de hoje, passados 16 anos, a «exemplo supremo da vida democrática...". Imaginem! Mais. Jaime Gama considera que AJJ deve ser “reconhecido e valorizado”. Porquê? “Pela obra, pelo grande talento”. Não me esquecerei disto para me defender dos ataques na Assembleia Legislativa da Madeira ao Sócrates, à Assembleia da República, ao PS. Parece que a Travessa teve efeitos estranhos em Jaime Gama. Um bocadinho à semelhança do que se passa com o triângulo das Bermudas, o ícone dos mares alterados da Madeira, sugou alguma coisa (concerteza a parte mais equilibrada) ao raciocínio de Jaime Gama e fê-lo ver coisas hilariantes. Uma tragédia humana. Tenham medo de passar a travessa. Socialistas de Lisboa venham via Canárias. É mais seguro, mais prudente e sempre se garante um raciocínio coerente!

Nem por acaso, poucas horas antes Jaime Ramos, Secretário-geral do PSD da Madeira, afirmava, em declarações à impressa, que Sócrates era um ladrão (nada que AJJ já não tivesse dito de Sócrates, de Gama, de Almeida, de Teixeira, de Pinho, de todos…). É, também por isso, que “agachar-se” desta forma é humilhante. Esta desonra encaixa naqueles que partilham ideias e convicções de liberdade de democracia e de respeito pelo trabalho dos outros. Mas destoa noutros que gostam de se curvar, a troco de nada, mesmo deixando que outros paguem muito!

O PS Madeira tem um problema para resolver: tem de equilibrar, amadurecer e tornar clara a sua relação com o PS Nacional. Este objectivo tem de ser concretizado muito antes de colocar na ordem do dia o desafio de lutar, legitimamente, contra este regime antidemocrático e incompetente de AJJ. Esquecer isto ou ignorar esta situação óbvia, que nos perturba de forma sistemática e profunda, é manter uma fragilidade intolerável e insuportável. Não fico calado nem mais um minuto para contribuir para uma solidariedade partidária que desconheço e que, sinceramente, não encontro, nunca encontrei, para com o PS Madeira. Mantenho fé nas minhas convicções. Por isso, mantenho reservas significativas face ao regime de AJJ. Mas, Estou despido de argumentos para lutar pela defesa de um PS que quero que seja alternativa.
Não estou a pedir ajuda. Estou a constatar um facto e a atrever-me a afirmar que se fosse governante, neste governo do PS, demitia-me, nem que seja pelo silêncio ensurdecedor de Silva Pereira, mesmo que me faltasse legitimidade pelo facto do episódio hediondo, sórdido e repugnante ter sido protagonizado por Jaime Gama, o apenas Presidente da Assembleia da República.

Quero dizer, sem rodeios, que Jaime Gama não é um Senhor, ou não foi um Senhor, para me agarrar à esperança vaga e quase imperceptível de que o caso em apreço foi pontual, espontâneo e inesperado. Que não foi propositado! Um Senhor no sentido que é educado, que se porta bem na casa dos outros, que não ofende, como pode querer parecer o seu comportamento no Tecnopolo, aquando a sua desastrada intervenção: desvirtuada, desviante, manipuladora, interesseira e recheada de enormidades erradas ou sem verdades ou simplesmente com algumas mentiras. Isto tudo, ou apenas uma parte disto mas, em qualquer caso, suficiente para indispor qualquer um que anda numa “lufa-lufa” infernal, procurando energia, paciência e motivação, aqui e ali, para aguentar o que resta da democracia que há muito deixou de ser só deficitária.
Mas não é só. Jaime Gama não tem responsabilidade institucional. O Jaime Gama que ouvi parecia um pequeno, daqueles putos maravilha entretidos com um brinquedo, vestido de fato escuro e gravata, deliciando-se com uma das figuras nacionais que mais devia entristecer gente séria, gente com padrões morais respeitáveis, gente com adequado sentido de oportunidade, gente que respeita aqueles que todos os dias lutam pela liberdade, pela democracia. A “sua família”, mesmo que distante do seu olhar.

Jaime Gama quer olhar para o futuro mas não está preocupado com o futuro dos madeirenses: uma economia fraca, assente num PIB empolado, monolítica com a pior distribuição de riqueza do país, com 22% da população no limiar da pobreza, com os piores resultados na educação e com uma dívida pública que já atinge 75% do PIB. Uma grande obra, na opinião deste grande político e atento observador à propaganda de AJJ.

O que Jaime Gama disse foi uma vergonha, uma ofensa, uma facada e uma total desconsideração. Mas corou AJJ e deu-lhe mais fôlego para patinhar, mais ainda, o rosto da oposição que este “digno” Senhor devia acautelar, defender e, se nada disso lhe interessava, pelo menos respeitar.
O pacote de lembranças oferecido a AJJ por Jaime Gama não foge muito àquele que Almeida Santos também já ofereceu: um homem com obra. Pelo menos 145 Km de estradas num território de 800km2. Digo eu!


Tenho pena de ter de escrever isto!

Candidato do PS à autarquia do Funchal?


Toco


Hoje o DN traz uma noticia cujo título é: Funchal (leia-se Miguel Albuquerque) pede a Sócrates que resolva Toco". Sobre esta importante questão queria fazer os seguintes comentários:

1. Sem colocar em causa a credibilidade da noticia tenho dúvidas da sua efectiva veracidade;

2. Parece pouco adequado que um indivíduo como o Miguel Albuquerque que trata o governo de Sócrates "abaixo de cão", utilizando expressões inadmissíveis e que roçam a provocação baixa e despropositada, venha agora pedir o que quer que seja, é um traço de comportamento esperado mas indamissível para alguém com as suas responsabilidades;

3. Sobre o projecto em si, da minha parte mantenho tudo o que disse e escrevi sobre o mesmo. Aliás, no contexto actual, e sobretudo no quadro da competitividade da economia do Funchal, ainda tenho mais certezas do disparate que é o projecto do toco, já para não falar da ilegalidade que o mesmo consubstancia e que nã estou disponível para apoiar nenhum esquema, qualquer que ele seja, para legalizar o que é manifestamente ilegal e prejudicial ao Funchal;

4. Além disso, o que me parece mais relevante na noticia é o reconhecimento de Albuquerque (tarde diga-se em abono da verdade) da ilegalidade que queria cometer (e só não o fez porque foi sendo pressionado pelo PS e pela oposição);

5. Espero que o governo de Sócrates mantenha aquela que tem sido a posição do PS Madeira (por isso do PS) sobre esta matéria;

6. Apesar de tudo, não gosto de meias verdades ou meias palavras, sobretudo porque sou uma parte efectiva nesta matéria e, normalmente, não me demito das minhas responsabilidades, por isso farei uma proposta ao líder parlamentar do PS Madeira de modo a solicitar uma reunião com o Senhor Ministro da Economia de forma a esclarecer cabalmente toda esta polémica e a sublinhar a única posição adequada sobre esta questão.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Há gato?!


AJJ e o governo do PSD tem dúvidas sobre se baixa o IVA para a Madeira? De facto a orientação económica do PSD da Madeira parece mais uma gramalheira que nunca se adapta à roda dentada!

Primeiro, antes da discussão da LFR era vê-los defender que as receitas para a Madeira deviam ser aquelas cobradas na RAM; depois viram que isso não lhes interessava e voltaram a defender o principio da capitação; depois afirmaram ser importante baixar impostos, e em particular o IVA, agora já não sabem se isso lhes interessa; Antes fartavam-se de afirmar que a carga fiscal era exagerada, agora têm oportunidade de a baixar e têm dúvidas; No fim do ano passado baixaram impostos numa absoluta insignificância mas agora com uma redução de 5% do IVA (1 em 21), vêm dizer que é insignificante, mesmo que isso possa significar para a Madeira ter a taxa de IVA mais baixa da europa...Pois é o problema do PSD é quer a sua política é como gato escondido com rabo de fora e o rabo deste gato é o défice e a dívida pública que os preocupa e, cá para nós, se baixarem o IVA será por motivos absolutamente eleitoralistas porque na verdade a política orçamental do PSD é tão desastrosa que não dá margem de manobra para isso. Foi isso que AJJ quis dizer. O carnaval era ele próprio!

Nota de rodapé:

Estou muito curioso para saber se o Dr. Francisco Costa vai dizer publicamente, como já o fez com o governo da república, que o Governo Regional está a prejudicar as actividades da Zona Franca. Era importante coerência. Só assim se pode ter credibilidade!

Paradoxo ou modus operandi?

O PSD Madeira votou contra uma proposta de decreto legislativo para a apresentação na ALRAM de um relatório sobre o acompanhamento da fraude e evasão fiscal. Foi impressionante o jogo de cintura do deputado Elvio do PSD para defender o indefensável chegando a afirmar que não é preciso este procedimento porque os relatórios já são enviados para a DGCI (embora ninguém os conhecer porque nem um site têm a funcionar!). Pois é verdade, agora o PSD considera que, nesta matéria, deve prestar vassalagem à república!? A regionalização dos assuntos fiscais foi feita de forma cambada: o PSD regionalizou o que quis e uma das peças fundamentais para que tudo funcione bem (controle e acompanhamento) ficou na gaveta. O PSD quer as coisas desta forma para não ser fiscalizado e para isso não se interessa de dar facadas na sua autonomia (a coerência é uma batata para estes senhores, mas alguém percebeu isso?).
Voltarei a este assunto pela sua importância...

Então...qual é o problema?

Na sequência de um comentário sobre a visita do Presidente da república LFM responde-me no seu blogue de forma estranhamente violenta. Não percebo e lamento o conteúdo das suas afirmações. Conheço mal o Sr. Luis Filipe Malheiro mas pelo teor das suas intervenções (no blogue) parecem-me ser afirmações exageradas e devem fazê-lo reflectir sobre a sua bondade e a justiça mas enfim, o problema também não é grave, nem é uma questão que me preocupa, mas chega a ser paradoxal para alguém que gosta de lembrar que os outros ofendem e dizem isto e aquilo mas, pelo contrário, não evita avançar com afirmações que me parecem bastante infelizes.
Caro LFM V. Exa. diz que cheguei tarde ao parlamento. Então diga lá, para si, todos os que não entraram há 30 anos (bastante conveniente) não têm direito a ter opinião. Pelo amor de Deus! Além disso, afirma que resolvi "pegar" consigo e contestar. Percebo que sendo indefectível de um regime anti-democrático não perceba a diferença entre contestar e "pegar" com ter outra opinião e não vir, por isso, mal nenhum ao mundo...Depois levanta umas questões mirabolantes (inesperadas vindas da sua parte que considero-o inteligente e observador) sobre a minha eleição no PS, procurando nexos de causalidade que não aquecem nem arrefecem. Mais, sou independente e tenho as minhas próprias regras de intervenção e quem não gostar está perfeitamente à vontade. Além disso, pode ser que não saiba mas aqueles que o informam devem fazê-lo de forma mais rigorosa, tudo o que fiz no PS foi porque fui convidado e, em nenhum caso, andei à procura do que quer que seja. Sei que é capaz de não compreender isto, mas acreditando ou não, esta foi a realidade e as pessoas do PS que me conhecem e que partilham comigo os problemas da RAM e do regime, que V. Exa. defende, sabem do que falo e para mim é suficiente.
Finalmente V. exa. gosta, como se isso o colocasse num patamar diferente (superior), de lembrar que perdi eleições. E depois? Não acha V. Exa. que em democracia essa é uma situação normal? Tire o cavalinho da chuva se pensa que me preocupa o tom com que coloca esta questão porque, se há coisa que não preciso é de alimentar o ego para me sentir confortável.
Goste ou não, não evitarei discordar (ou concordar) de si ou de quem quer que seja (e se V. Exa. quisesse ser justo reconheceria que nem só de pessoas afectas ao PSD tenho discordado...) desde que considere ter razões para o efeito.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Não se deixem enrolar...


A insularidade da Madeira (e também a dos Açores) tem sido argumento suficiente (e bem) para o recebimento de milhões e milhões de euros quer seja da república (IVA mais baixo, subsídios de insularidade) quer seja da UE (como por exemplo poseima etc.). Ora o que foi aprovado hoje na ALRAM, por proposta do PP, é apenas uma parte do problema (cálculo dos custos da ultraperiferia) e este nem é o aspecto mais importante porque esse cálculo já está feito. O mais relevante é saber a razão fundamental para, ao longo destes anos e apesar dos milhões que a Madeira recebe e recebeu, esses não tenham tido um efeito positivo na vida das pessoas. Ou seja, não é repercutido ao consumidor final os efeitos desse dinheiro. A prova é que a RAM tem um dos custos de vida mais elevados do país, mesmo com IVA mais baixo, mesmo com POSEIMA, mesmo com subsidios de insularidade. Estou certo que se o governo do PSD da Madeira aplicasse boas políticas de utilização desses dinheiros (fiscalização e combate à corrupção!) o panorama seria completamente diferente. Portanto, não vale a pena atirar areia para os olhos: a república e a UE já cumprem parte do seu papel, o drama é que o governo autonómico do PSD usa o seu dinheiro para alimentar interesses de uma madeira nova que não representa todos os madeirenses.

Eu ouvi...

A situação é grave. Muito grave. Depois de proferir expressões com o alcance que todos conhecemos (l'etat c'est moi) parece que o Presidente do Governo de uma região supostamente democrática, com uma sociedade civil supostamente activa e atenta, nada disse. Esta banalidade com que já quase todos passaram a encarar este tipo de atitude/comportamento/intervenção de AJJ é um traço do tipo de regime que vivemos onde uma centralização absurda "esconde" um dos maiores paradoxos da política em portugal: AJJ é visto como o defensor da descentralização e das autonomias...Pelo amor de Deus. Tens razão Duarte Gouveia parece que ninguém quer dar importância ao que foi dito por AJJ como se o homem não fosse o presidente do Governo. A não ser que já todos considerem que este circo precisa de um palhaço!

Visita de Cavaco


Colocando de lado as trapalhadas sobre o programa da visita do Senhor Presidente da República que em nada contribui para que o evento que se aproxima seja efectuado em clima de absoluta serenidade; aproveitando para lembrar aquilo que escrevi há cerca de 2 meses atrás em que alertei para a possibilidade desta visita presidencial poder vir a ser pouco pacífica (sobretudo pela forma tendenciosa, arrogante e acintosa como este regime trata assuntos desta dimensão e importância - bastando observar o infeliz episódio das bandeiras que demonstra um traço de comportamento "rasteiro e infeliz", entre outras); sublinhando ainda a circusntância de não compreender alguma comunicação social que, aqui e ali, vai afirmando "coisas" sobre a matéria, algumas incompreensíveis. Quero aproveitar para chamar a atenção para o facto do Senhor Presidente da República, na sua presente deslocação a Moçambique ter sido (ontem) o convidado de honra para uma sessão na Assembleia da República de Moçambique discursando e ouvindo intervenções do partido que suporta o governo e da oposição. No seu discurso vale a pena sublinhar que afirmou "...a democracia é hoje um valor enraizado na sociedade mocambicana e um activo colocado ao serviço do país..." . Conforme relata o Diário Económico, a oposição teve a oportunidade de intervir e criticar o governo dizendo "... que o Presidente português devia ter ido mais longe porque a era Gebuza é marcada por um comportamento autoritário do tipo, quero posso e mando que está a queimar o país...". Mais. O líder da oposição ainda teve oportunidade de estar reunido com Cavaco Silva onde alertou para a "mistura entre Frelimo Governo e instituições..." não evitando deixar o recado a Cavaco Silva "O apoio a Moçambique não é o apoio à Frelimo mas ao povo"...

Com estas evidentes semelhanças com a Madeira, embora com Moçambique a evidenciar um sinal + na maturidade da sua democracia, como se explicam as dúvidas ou os medos (conforme o caso) que o Presidente do nosso país, garante da unidade nacional, seja convidado para ir a ALRAM discursar e ouvir os diferentes partidos? os indefectíveis do regime já olham para esta hipótese como uma ameaça, não como uma oportunidade de celebrar a democracia na casa da autonomia. Há até uns, com destaque para LFM, que na busca de argumentos não hesitam em encontrar num qualquer baú de recordações explicações frágeis e com sentido manipulador. Há coisas fantásticas não há?

terça-feira, 25 de março de 2008

Desemprego na Madeira

A RAM foi a única Região do país a verificar um crescimento do desemprego, face ao mês homologo (Fevereiro). É a política sustentável do PSD!

Turismo...Olé

Hoje, sobre o turismo de cruzeiro na nossa Região, o sub-título do DN MAdeira diz que a crise anda por todo o lado, pelo facto dos turistas de cruzeiro não terem saído do Porto. É interessante esta análise mas não está correcta. Na verdade o que se passa é consequência de um turismo sem qualidade e, por isso, sem poder de compra. Na realidade já tinha alertado para este fenómeno neste blogue: o turismo de cruzeiro é um dos factores que mais concorrem para o "downground" no destino. Portanto, se haviam dúvidas aqui está a noticia do DN Madeira a comprovar. Isto significa, mais uma vez, uma reflexão sobre o que queremos do nosso turismo. Com isto não estou a defender o fim do turismo de cruzeiro, simplesmente considero indispensável um areflexão, um plano, uma estratégia, objectivos, metas,...Enfim planeamento. Uma matéria que este governo do PSD odeia...

Fininho II


No outro dia escrevi no DN Madeira que a verdade na nossa Região quase nunca é a realidade como ela é, antes é uma moda de opinião. Agora ainda acrescento que quase parece a moda de AJJ. Isto vem a propósito porque hoje no DN Madeira há quem ainda considere que a questão da corrupção na Madeira está num limbo entre a suspeição e efectiva corrupção. Não é verdade, e para confirmar esta realidade existem factos que a comprovam, designadamente: nos últimos anos foram presos dois presidentes de câmaras na Madeira. Em 11 ficou provado que dois deles eram corruptos. Basta comparar estar realidade com a do continente e se a proporção fosse a mesma teriam de ser presos 60 presidentes de câmara no continente. Portanto, deixem-se de "rodriguinhos" e conversa fiada: há corrupção na Madeira (como tb é verdade que existe noutras partes do país e do mundo). Mas também é verdade que cá passam-se "coisas bastante estranhas" e que é indispensável, nesta fase, uma atenção cuidada e consequente. Não entendo, verdadeiramente, as razões de quem ousa colcoar esta matéria em questão. Na verdade é indispensável combater a corrupção não a suspeição. Será difícil entender a diferença!?

segunda-feira, 24 de março de 2008

Política rasgadinha

Albuquerque veio dizer que o projecto da biblioteca já não avança e depois apressa-se a dizer que em alternativa fará um museu. Ora, se o argumento é o dinheiro, a não ser que o Presidente da CMF já tenha feito contas (e tenha-as escondidas no bolso!) de outra forma o que garante que não tendo dinheiro para a biblioteca terá para um museu. Política rasgadinha!
Alguém se lembra do que disse o PS sobre esta matéria? Já agora alguém se lembra das promessas de Albuquerque? Mesmo apresentando um álbum de fotografias na campanha, o PSD ainda fez uma promessas...Lembram-se daquela de pintar os túneis?

Fininho


Apesar da fragilidade da oposição, que todos sublinham sempre que podem, apesar desta nunca ter sido poder e, por isso, nunca ter tido capacidade de implementar o que quer que fosse, mesmo assim, ainda há quem consiga dividir as responsabilidades sobre o que de mau se passa na Madeira pelo PSD e pela oposição (com PS em grande destaque!)! No entanto, quando é para sublinhar as coisas (supostamente) boas (as do costume) aí parece claro, para quase todos, que a oposição não tem nenhuma responsabilidade. Fininho!

O mito e a verdade


A verdade sobre o que se passa na Madeira é uma moda de opinião e não “a realidade como ela é”. É o resultado da governação Jardinista imposta por 30 anos e onde o acento tónico foi sempre para a criação de um clima adverso que mina os alicerces da sociedade civil e os torna a todos, povo e elite (?), dependentes de uma espécie de populismo manipulador. Poucos conseguem ficar imunes. Não é só o medo, é a sobrevivência e o estatuto. Foram apanhados nesta armadilha da democracia à moda de Jardim: um ciclo vicioso. A manutenção no poder é obtida à custa da violação directa da legalidade democrática. Aqui e ali o regime vai encontrando saídas para a limitação das liberdades (quer seja de expressão quer seja económica), sempre roçando os limites da democracia. Mas não é só: o regime nunca hesita em perverter a política e degenerar as instituições para manipular as leis a seu favor. Os cúmplices do costume são também os pilares das democracias: comunicação social, justiça, órgãos de soberania. Todos mudos, se calhar porque quase todos surdos e cegos.
Ao fim de 30 anos não é difícil falar de obra. Ele quer ser lembrado por 4 000 obras, segundo o próprio: para um ego grande, uma obra contundente (?). Ficam as obras, reforça o endividamento externo (já equivale a 75% do PIB e mais de dois orçamentos da RAM) e agrava (ainda mais) a insustentabilidade da economia regional: a obra de Jardim não gera riqueza nem liberta meios para pagar as dívidas ou a sua manutenção, mas antes penaliza as gerações futuras e agrava, ou agravará, a despesa corrente. Pelo contrário, esta obra deixa totalmente à margem o desenvolvimento: um PIB grande, como convém, mas o pior índice de conforto das regiões portuguesas e uma das piores distribuições de riqueza do país, fazendo lembrar regiões onde a democracia deambula tanto como na Madeira; muitos acessos e infra-estruturas (quase tantas vias rápidas como o país mais desenvolvido do mundo: 140 km na Madeira para uma região de 800 km2 contra 170 na Noruega de 70 000Km2) mas pouca educação, a taxa mais elevada de analfabetismo não pode honrar nenhuma governação, a segunda maior taxa de abandono escolar envergonha qualquer país em vias de desenvolvimento; uma elevada produtividade do trabalho (muito à custa das imputações anómalas da Zona Franca) contra mais de 50 000 pobres, 22% da população que vive no limiar da pobreza e mais de 9000 pessoas desempregadas, aspectos que só pode corar de vergonha um governo sério e honesto.
Estes maus resultados de desenvolvimento humano contrastam com o bom comportamento do PIB. E aqui está o mito de Jardim que se desmoronou em 2002: o PIB estava afectado pelas actividades da Zona Franca, não traduzindo mais riqueza para as famílias madeirenses. O governo do PSD tinha, na altura, duas opções: assumia esse fracasso de governação, garantindo a necessária manutenção no clube das regiões beneficiárias de apoios máximos ou mentia aos madeirenses e perdia 500 milhões de euros. Mas preferiu mentir aos madeirenses. Voltou a fazê-lo em 2007, demitindo-se, pela incapacidade de governar com recursos escassos, resultado da sua própria responsabilidade. Não mudou nada!
Em 2011 Jardim pode continuar. Todos sabemos. Basta que as condições de governação a que está habituado se perpetuem. Ou seja, que estejam criadas as condições, de facto, para a obtenção de dinheiro fácil para pagar a factura da sua peculiar governação: a banalização do clientelismo e a manipulação dos pilares da democracia.

publicado no DN Madeira

terça-feira, 18 de março de 2008

Incompetência e propaganda de Guilherme Silva


Fica claro: Guilherme Silva não tem a menor ideia do que é política económica ou tem a mínima noção do que são resultados do ponto de vista de competitividade. Depois tem a lata distinta de falar da competência dos políticos da oposição!?

Depois fala de "desajuda" nacional?! Será que ele percebe que a relação do estado com a Região tem um culpado: O PSD. Será que ainda pensa que nós acreditamos que ele não sabe que a LFR é um bode expiatório sem razão? É o próprio PSD que diz que só vale 13 %? Haja coerência senhor deputado!

Já faltava: a reforma da constituição. Pelo amor de Deus senhor deputado desampare-me a loja. Nem para mudar lâmpadas...

Hilariante

Mais umavez Guilherme Silva no seu melhor: a república aprendeu com as "maiorias" das autonomias???! Este homem tudo faz para justificar o injustificável... Deixa de lado o resultado da governação de 30 anos. Um fracasso, conforme explicou Maximiano Martins.
Mais grave, volta a falar na lei das finanças regionais e deixa deliberadamente de lado o essencial da questão: foi o PSD que defendeu o PIB como o único indicador válido quando permitiu que a Região saisse de região objectivo 1 e tirou a margem de manobra na discussão da LFR...

Eu avisei...

Eu já tinha alertado, aqui neste blogue, para os perigos de olhar para as low cost como a panaceira para o turismo na Madeira e, sobretudo, para a circunstância da Madeira poder estar a transferir uma dependência (grandes operadores europeus) para outra dependência, as companhias de low cost. Dito e feito, no Porto Santo o fenómeno já começou muito antes do que eu esperava...Era de esperar e é o resultado da total falta de estratégia (e até bom senso) dos governantes desta e daquela ilha. Mais um falhanço que iremos todos pagar...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Não entendo e...Lamento


Não entendo a posição do PCP sobre a criação de uma alternativa séria e consistente para derrotar este regime anti-democrático. Nada do que dizem pode ser compreensível no quadro de um partido que deveria defender a liberdade e a democracia. Muito menos comparar o que se passa aqui com o que se passa na república ou procurar uma espécie de moeda de troca insutentável das políticas de socrates (supostamente erradas, segundo o PCP M) com a disponiblidade de lutar por uma autonomia democrática. Não é disso que estamos a falar. Nem me parece que seja isso uma razão de desacordo profundo! A questão de fundo é se estão ou não interessados em combater este regime podre injusto, anti-democrático e, não menos importante, incompetente. A questão é se o PCP Madeira tem em atenção a Madeira e os madeirenses ou, paradoxalmente, defende a autonomia mas, nesta questão, fica acantonado debaixo dos interesses do PCP nacional. A questão é se os interesses do PCP nacional são os mesmos da democracia na Madeira e do bem estar dos cidadãos que cá vivem? Admito que lhes interesse afirmar para o exterior (eleitorado da Madeira) que o PS está fraco (?) com intenção de atrair eleitores (socialistas ou potencilamente de esquerda) que supostamente encontrarão conforto debaixo da asa do PCP. A isto chama-se oportunismo e não defesa dois interesses da população. A não ser que o PCP também ache que, afinal, o regime jardinista é um resultado normal de uma democracia normal. Se acha estamos conversados. Da minha parte, a ser assim, estamos em posições completamente opostas e, obviamente, que tudo farei para que os madeirenses e os eleitores reconheçam que este PCP é o outro lado da moeda do regime jardinista: sem ele não existe jardinismo. Mais. Confesso que, da minha parte, não encontro nenhuma razão, ideológica ou de outra espécie, para sentir simpatia pelo PCP e demonstrar capacidade de colaboração que não seja unir esforços para lutar por uma melhor democracia!? Enfim, espero estar enganado e lamento profundamento que, também aqui, numa matéria desta importância, o sinteresses partidários estejam a falar bastante mais alto que os interesses da Região.

domingo, 16 de março de 2008

Discordo completamente de David Caldeira

Mais uma vez não posso estar de acordo com David Caldeira quando opina sobre as razões da situação do comércio da Madeira, a pedido da jornalista Rosário Martins, numa peça hoje no DN Madeira. Aliás observo até uma extraordinária contradição nas suas observações quando afirma que a sociedade mudou e que agora existem novas centralidades com dinâmcia comercial (?!). Parece que o Sr. Eng anda contagiado pelas balelas inconsistentes de Albuquerque. Ou será que se referia à quantidade infernal de centros comerciais que uma terra de apenas 120 000 compradores, cada vez com menos dinheiro, tem se atrevido a construir, numa total incoerência e esquecimento pelos mais elementares principios do ordenamento e da sustentabilidade dos negócios, assim como numa verdadeira machadada numa estratégia (que se queria vencedora) de um Funchal "atraente" comercialmente? Parece-me querer perceber que para o sr. Eng. o Toco, por exemplo, será mais um sinal da modernidade e, obviamente, mais uma coisa boa para o comércio no Funchal. Não é verdade?! A questão de fundo Sr. ENGENHEIRO David Caldeira é que as supostas novas centralidades foram mal planeadas e, mais, são a expressão mais visível de um desgoverno do ponto de vista de ordenamento absolutamente inadminssível. Assim, o comércio tem andado ao sabor da especulação imobiliária levando a uma canibalização sistemática de negócios. O comércio surge sempre (mal) associado à construção de um qualquer prédio e não a uma necessidade efectiva ou a uma dinâmcia da procura consistente. Não há plano de ordenamento comercial, não há estratégia de aumentar o nº de compreadores associando o turismo ( se bem feito poderia duplicar o nº de clientes). Discordo em absoluto que os comerciantes no Funchal não tenham feito esforço de melhorar as suas lojas e entrar em esquemas de comércio mais modernos e apropriados aos tempso de hoje. Basta observar os franchisings que abrem e fecham no Funchal. O problema já não é esse. O problema é de planeamento e de ausência de contéúdo estratégico nas entidades governamentais e das autarquias. Quanto à suposta necessidade de animação comercial na cidade também me parece evidente que as associações empresariais têm feito o seu papel. Mas, meu caro eng., sem mercado nem com o AJJ disfarçado de palhaço, os comerciantes irão melhorar os resultados dos seus negócios. Quanto aos horários do comércio é outra falsa questão: hoje o contrato colectivo de trabalho do comércio permite que sejam os comerciantes a decidirem as horas que querem abrir e fechar. Mais uma vez falamos de planeamento...
Quanto aos paqímetros caros que David Caldeira sugere só me apetece perguntar, ainda mais caro? E mais. Como pensa o Sr. Eng. compaginar essa abordagem com a proliferação de parques que a autarquia do Funchal criou no centro da cidade!?

Ponto de ordem urgente

Ana Lebre foi responsável pelo POT. Em 1998 eu próprio coordenei um parecer (o da ACIF e único que na altura surgiu!) sobre este documento e na altura tinha ficado claro que o POT Madeira é sobretudo um documento regulador e não estratégico. Portanto, tendo presente que já falhou a componente reguladora do POT e que a sua perpsectiva estratégica pura e simplesmente nunca existiu, está na hora de o rever, por um lado, e associar um dimensão estratégica, por outro. Será isso que o PS na ALRAM irá fazer: depois da Páscoa apresentará uma proposta de resolução onde estas matérias, e outras no quadro do turismo, estarão salvaguardadas. Depois do que se tem assistido é fundamental um ponto de ordem...Estou cansado de alertar para esta necessidade mas, como sempre, a governação do PSD vai a reboque dos interesses distantes dos madeirenses.

Vai ser bonito

Já disse várias vezes que o nº de camas pode ser menos relevante, sendo mais determinante o ritmo do seu crescimento. Na verdade, o nº de camas pode ser, verdadeiramente, um problema menos prioritário caso tenhamos presente uma estratégia adequada. Caso se saiba onde queremos chegar, enquanto destino turistico. No caso da Madeira é evidente que nada se sabe! Pior ainda para o Porto Santo anda tudo a fazer o mesmo que na Madeira. Resultado: o pestana, com o seu novo hotel, já vende quartos a 30 euros (há coisas fantásticas não há!?)...Para agravar tudo já se fala em 8000 camas para uma região com 5000 pessoas! Com que objectivo? Com que estratégia? Que tipo de procura turistica se quer atrair? Que produto queremos que o Porto Santo seja? Ninguém sabe...Mas, os responsáveis governamentias batem palmas ao suposto investimento privado, que para mim mais parece especulação imobiliária. LINDO! Grande Governação.

sábado, 15 de março de 2008

Onde está o confronto necessário?

Existe uma certa comunicação social que, de vez em quando, passa a mensagem de que o PS não tem soluções, que não tem propostas. Ora o que é intrigante é que nunca vejo essa mesma comunicação social a promover os debates adequados para confrmar se o PS tem ou não um projecto para a Madeira, diferente daquele que o PSD tem implementado (se é que se pode chamar projecto...).
Se assim acontecesse ficaria resolvido de uma vez por todas: o PS morria defin itivamente porque, publicamente, ficava claro para todos os madeirenses que não sabe o que quer fazer...
Sendo assim, desafio para que se concretize esta vontade: promovam debates e transmitam aos madeirenses as ideias (ou a falta delas!) dos socialistas madeirenses.
Desde já, na àrea da economia, estou disponível para este combate mortífero (segundo alguns jornalistas) com as figuras mais proeminentes do PSD nesta àrea. Estou disponível para ser arrasado e de uma vez por todas puderem dizer que nós não sabemos o que queremos. Mas é preciso esta prova dos 9. Se têm coragem arrisquem! Promovam o confronto, sempre que existir situações que criticamos. Mas, divulguem o que for dito e o que for explicado. Não façam como até hoje. Tudo o que é apresentado é escondido dos madeirenses. Querem exemplos? O PSD não tem um plano para a inovação, o PS tem mas os madeirenses não conhecem porque a imprensa não quer...; o PSD não sabe o que fazer com o falhanço das actividades das sciedades de desenvolvimento, o PS sabe mas os madeirenses não conhecem; o PSD não sabe como sair deste imbróglio que ele próprio criou de um PIB empolado, o PS sabe mas os madeirenses não conhecem a questão ou a possível solução; o PSD está a braços com um desemprego crescente e não tem soluções, o PS tem mas os madeirenses desconhecem; o PSD não consegue apresentar soluções para diminuir o endividamento, O PS sabe o que fazer e tem soluções mas os madeirenses não conhecem; o PSD não tem a menor ideia do que fazer para promover a diversificação da economia da Madeira, o PS tem soluções e acções concretas que o distingue claramente da política economica do nada fazer de AJJ, mas os madeirenses não conhecem; o PSD não tem soluções para a crise no comércio, o PS tem propostas e soluções concretas mas os madeirenses não conhecem; o PSD não tem a mínima noção de qual a orientação estratégica que quer dar ao turismo e nem sabe por onde começar, o PS sabe o que quer do turismo da Madeia tem soluções e os madeirenses não conhecem,...etc, etc,etc...
É bom esclarecer que os madeirenses não conhecem porque aqueles que afirmam que não temos propostas escondem mais do que ninguém as soluções apresentadas.
Devo dizer com toda a segurança que as soluções para os problemas da Madeira podem ser encontradas com competência, esforço e dedicação. Não me parece dificil e acredito que com abordagens adequadas e coerentes, na busca do bem comum, resolveria muitos dos problemas actuais. Infelizmente, o que me parece mais dificil de resolver é este "boicote" às soluções do PS e às propostas sérias e que apenas têm por objectivo a melhoria da situação a Madeira.
Não estamos a falar de propostas. Falamos de democracia. Falamos de comunicação social plural. Falamos de justiça na comunicação e na transposição da informação. Falamos de confronto de ideias (única forma dos eleitores perceberem quem tem melhores soluções).
O que hoje (e desde há muito tempo a esta parte) está em causa na Madeira não é encontrar soluções é ter oportunidade de apresentá-las!

O dossier Madeira na PGR

Do comunicado da PGR faz todo o sentido destacar o seguinte:

"Em consequência das inspecções levadas a efeito, foram transferidos para o Continente dois magistrados do Ministério Público relativamente aos quais correm processos disciplinares em vias de decisão pelo Conselho Superior do Ministério Público; foram ainda instaurados, mais recentemente, dois outros processos disciplinares visando mais dois magistrados do Ministério Público colocados na Região Autónoma da Madeira e que igualmente serão decididos a curto prazo."

"Com base nas denúncias foram instaurados na Comarca do Funchal dois novos inquéritos;

Um conjunto de outros factos será objecto de averiguação preventiva específica a cargo do Departamento de Investigação Criminal do Funchal da Polícia Judiciária;

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa procedeu entretanto a reestruturação dos serviços do Ministério Público no Círculo Judicial do Funchal, instituindo a especialização quanto aos crimes de corrupção e criminalidade conexa e criando uma direcção personalizada da investigação destes ilícitos".

sexta-feira, 14 de março de 2008

Afinal porque não querem saber?

MAs já agora é ou não importante que a RAM conheça o seu verdadeiro nível de desenvolvimento, à luz dos interesses do bem estar dos madeirenses? Ou seja, faz ou não sentido esclarecer o que se passou para que a RAM tenha saído de Região Objectivo 1? Faz ou não sentido saber se existem responsabilidades nesta decisão gravíssima? Faz ou não sentido saber se houve (como sei que sim!) alternativas à decisão tomada? Faz ou não sentido conhecer a realidade de modo a não colcoar em causa, mais uma vez, o financiamento da economia regional? Faz ou não sentido entender o impacto que esta matéria acabou por ter na negociação da LFR? Faz ou não sentido que os madeirenses conheçam o crime (que do meu ponto de vista hoje não existem dúvidas) que o Governo do PSD cometeu no início deste milénio e que a RAM ainda sofre?
A questão de fundo é que pouca gente parece interessada. Este assunto tem de ser debatido de forma descomplexada e quem errou tem de assumir responsabilidades. Está na altura de pensar no futuro da Madeira. Para isso é preciso falar a verdade e actuar com transparência. Faço um apelo a todos os que se dizem defensores da Madeira a refelectir sobre tudo isto. A colocar a mão na consciência e avaliar as razões do estado da RAM. De permitir ouvir todas as opiniões sem complexos ou reservas. O conhecimento da efectiva criação de riqueza para as familias madeirenses não é uma questão secundária, é um dos pontos de partida mais importantes para redefinir o nosso futuro e para mudar a orientação e a intensidade das opções políticas.

PNB regionalizado e Assembleia da República

A razão de reco`rrer à Assembleia da República parece-me óbvia. O PS não permitirá que esta questão não seja resolvida para bem dos madeirenses. Consideramos indispensável conhecer o verdadeiro nível de criação de riqueza de modo a ser possível tomar decisões de forma suficientemente sustentada. Assim, achamos adequado que seja submetida uma proposta de resolução que solicite ao Governo da República calcular, o PNB regionalizado, de modo a dar corpo às cláusulas de salvaguarda da LFR. Não sei onde está o problema?! Quanto muito a proposta pode não ser aprovada!? Mas nada impede que a mesma seja apresentada e, a ser aprovada, que o INE faço o cálculo pretendido.

Esclarecimento sobre PIB e PNB a LFM

LFM colocou em dúvida a argumentação do PS na ALRAM sobre a possibilidade daquela prever, ao fim do 3º ano (e não no 1º, como afirmou o DN) uma revisão do cálculo do desenvolvimento das Regiões que têm Zonas Francas. Ora para nós essa revisão tem de ser feita com base em indicadores apropriados e que permitam entender, de forma adequada, o efeito da Zona Franca, conforme diz a própria lei. Assim o cálculo do PNB regionalizado é a forma mais adequada em que o próprio Eurostat e INE estão de acordo.
Deixo agora o artigo da LFR (artigo 59, ponto 2, alínea c) que LFM procurava.

Artigo 59.º Cláusulas de salvaguarda
1 - O disposto na presente lei:
a) Não dispensa o cumprimento de obrigações anteriormente assumidas pelo Estado em relação às Regiões Autónomas e por estas em relação ao Estado; b) Não prejudica as obrigações assumidas ou a assumir no âmbito de tratados e acordos internacionais celebrados pelo Estado Português; c) Não prejudica as prerrogativas constitucionais e estatutárias das Regiões Autónomas, designadamente as referentes aos direitos de participação nas negociações de tratados ou acordos internacionais.
2 - No caso de, no ano da entrada em vigor da presente lei, resultar para alguma das Regiões Autónomas a perda do Fundo de Coesão, por efeitos da aplicação do disposto no n.º 3 do artigo 38.º, a mesma é concretizada de forma gradual, de acordo com as seguintes condições:
a) No ano da entrada em vigor da presente lei, sendo o cálculo da percentagem correspondente a 0%, considera-se que esta é equivalente a 17,5%;

b) Nos três anos seguintes ao referido na alínea anterior, sendo o cálculo da percentagem correspondente a 0%, considera-se que esta é equivalente a 13,125%, a 8,75% e a 4,375%, sucessivamente;
c) No último ano do período referido na alínea anterior, procede-se à avaliação do nível de desenvolvimento relativo da Região abrangida, tendo em consideração o eventual impacte decorrente da existência de zonas francas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Não vamos lá...

O Governo do PSD tem dois problemas graves, complementares e, "se andarem juntos", absolutamente bombásticos. O primeiro problema é que sobre o essencial dos problemas da RAM este PSD não governa, o segundo é que quando governa, fá-lo mal. Muito mal.
Assim não vamos lá...Aliás com estes já não vamos lá...

Cota 500

Concordo com o que diz Rui Caetano no seu blogue sobre a cota 500. Contudo, vou um bocadinho mais longe: tenho sérias e fundamentadas reservas quanto à opção de construção de uma via daquela envergadura, numa região que tem um desemprego a crescer significativamente, que tem mais de 50 000 pobres, que tem um sector privado desmotivado e com pouca confiança, que possui uma dívida galopante, que ultrapassou todos os limites razoáveis de infraestruturação. PAgaremos todos estas opções políticas completamente erradas.

Não há coincidências

Hoje o DN Madeira traz uma noticia aparentemente inocente mas com grande destaque: ACIF, na comemoração do dia do empresário a 21 de Maio, convida um guru para falar no sucesso irlandês. Chega ao cúmulo de apelidar William Cunningham, um fiscalista, como o pai desse sucesso. Enfim só para lembrar alguns distraídos este Senhor escreveu há poucos anos atrás numa revista Economia & Prospectiva, onde também escreveu o Dr. Francisco Costa e outros, dedicada às economias de pequena dimensão, o seguinte artigo: As zonas francas : panorama, sucessos e perspectivas / William Cunningham.
Ora, numa altura em que se discute o real valor da Zona Franca da Madeira, na sequência do modelo seguido pelo Governo do PSD, e onde se procura avaliar a responsabilidade das decisões tomadas sem um conhecimento efectivo do efeito das actividades da Zona Franca no rendimento das familias madeirenses, será uma coincidência este jeitinho da ACIF? Parece que definitivamente esta instituição já não consegue descolar da influência decisiva do grupo pestana. É pena. Perde a Madeira e perdem os empresários...
Mas, lembro também que foi esta mesma isntituição que na sequência de um apelo de AJJ veio a público "dizer umas coisinhas" contra o Governo da República por causa da LFR. Resta agora saber porque não faz o mesmo papel de indignação pelo facto do AJJ ter enganado os madeirenses e com isso estarmos a suportar um custo de 500 milhões de euros (o que deixamos de receber por deixarmos de pertencer às regiões de convergência) bastante mais que o que deixaremos de receber na sequência da LFR...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Confirma-se o descalabro

O Tribunal de Contas já publicou o relatório de análise das contas da RAM de 2006, os dados não surpreendem e confirmam a tese (que defendo) de descalabro, senão vejamos:

Despesas correntes cresceram 5%
Os Encargos Assumidos e Não Pagos mantém-se a níveis elevados, próximo dos 340 milhões
Aumentou 344% os juros de mora (para pagar fornecedores)
Subsídos aumentaram 35%
Os investimentos previstos apenas foram executados em 50% (como habitualmente)
Verifica-se uma enorme dependência dos Fundos e Serviços Autónomos do Orçamento (em 300 milhões)
A dívida indirecta (avales) voltou a crescer 26% (como já tínhamos constatado)
A dívida directa mantém-se (por imperativo legal) - perto dos 500 milhões

terça-feira, 11 de março de 2008

Não vamos desistir...

O PSD chumbou a proposta de cálculo de PNB, o PS Madeira desenvolverá todos os esforços de modo a garantir que este assunto fique esclarecido no âmbito da Assembleia da República com uma recomendação ao Governo. Achamos que esta transparência e o conhecimento efectivo da situação de desenvolvimento da Região são aspectos fundamentias para olhar com esperança o futuro do financiamento da RAM.

Política de terra queimada

Com uma grande dose de irresponsabilidade a maioria PSD votou contra a proposta do PS de calcular o PNB regionalizado e desta forma aferir o verdadeiro contributo da Zona franca assim como a verdadeira riqueza da Região. Na verdade, o PSD tenta ultrpassar um grande erro cometido no passado que obrigou a saída da Madeira da Região objectivo 1 com outro erro que manterá a penalização à nossa Região no quadro europeu e, por consequência, nacional...

Para o PS Madeira, com o cálculo o PNB regionalizado, será possível:

1) Abrir caminho para avaliar o nosso desenvolvimento de forma mais séria, mais realista e que vá de encontro aos interesses dos madeirenses. Para isso é preciso saber qual a riqueza que fica de facto na Madeira. Sem este cabal esclarecimento não é possível tomar opções sustentadas e realistas.

2) Dar corpo ao que estipula a LFR e que poderá favorecer a Madeira. Segundo a lei das finanças regionais no fim do 3º ano, caso existam dúvidas sobre as condições de desenvolvimento das regiões, sobretudo as que têm zonas francas, deveria ser encontrado a fórmula adequada para sustentar eventuais alterações nas transferências (conforme artigo 59, alíena 2, c da LFR). Nós não vamos descansar sem provar que a Madeira está a ser fortemente prejudicada pelo erro histórico do PSD que já fez a Madeira perder muito dinheiro.

O PIB e o PNB regionalizado

O PIB da Região Autónoma da Madeira (RAM) está, sem dúvida, influenciado pela existência e actividade de unidades referenciadas ao Centro Internacional de Negócios da Madeira, integrando a zona franca industrial e as áreas de registo mar, de serviços e financeira – genericamente, Zona Franca da Madeira (ZFM).
Sendo que o PIB representa o resultado final da actividade de produção das unidades produtivas residentes, o Estudo sobre o PIB Regional da Região Autónoma da Madeira (2000-2002), realizado pelo INE em Janeiro de 2004, por solicitação da Secretaria Regional do Plano e Finanças, concluiu, nomeadamente, que:
- “Todas as empresas localizadas nas zonas francas da Madeira, que se encontram activas e reportam ao INE informação sobre a sua actividade desenvolvida na região devem ser consideradas na RAM nas estatísticas das empresas, assim como nas contas nacionais e nas contas da Região Autónoma da Madeira.”
- [Atentos os] “procedimentos de estimativa do PIB Regional … o peso determinado para a ZFM [é estimado] na ordem de 20% do total da economia da região …”.
Nestas circunstâncias, importaria conhecer, para além do PIB, o RNB, por forma a obter o saldo dos rendimentos primários efectivamente atribuídos à RAM.
Com efeito, assume-se que, ao contrário da maior parte do valor gerado pelas outras actividades produtivas da RAM, o PIB atribuído à ZFM não constitui rendimento dos factores produtivos da região. Inclusive, é residual a sua afectação a rendimentos do trabalho (remunerações), consistente com a fraca expressão do emprego das empresas da ZFM.
Contudo, essa afectação dos rendimentos primários só é parcialmente tratada pelas contas regionais, através da elaboração das contas regionais das famílias.
Isto é, os rendimentos que não implicam as famílias não são tratados pelas contas regionais (mas podem ser tratadas). Entre esses rendimentos interessaria, certamente, verificar a assumpção prévia, de afectação ao Resto do Mundo dos rendimentos empresariais (ou parte deles) da ZFM.
Sistematizando, a obtenção do RNB da região requereria a obtenção prévia, para os vários sectores (ou seu conjunto), para além das famílias:
Excedente de Exploração
+
Saldo dos rendimentos primários inter-sectoriais regionais
+
Saldo dos rendimentos primários inter-regionais
+
Saldo dos rendimentos primários com resto do mundo
(excepto c/ remunerações ou afectos às famílias).

O PIB e o PNB

O Produto Interno Bruto a preços de mercado representa o resultado final da actividade de produção das unidades produtivas residentes; por sua vez, o Rendimento Nacional, bruto ou líquido (a preços de mercado), representa o conjunto dos rendimentos primários recebidos pelas unidades institucionais residentes: remunerações de empregados, impostos sobre a produção e importação líquidos de subsídios, rendimentos de propriedade (a receber menos a pagar), excedentes de exploração (brutos ou líquidos) e rendimento misto (bruto ou líquido) - segundo Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais na Comunidade (SEC 95 – Regulamento CE n. 2223/96).
No caso do País, o RNB é inferior ao PIB, sobretudo devido ao facto de se verificar um endividamento líquido em relação ao exterior, a quem são pagos os respectivos rendimentos de propriedade (juros). Em 2005, para o que existem CN definitivas, o RNB foi 146,2 mil milhões de Euros e o PIB foi 149,1 mil milhões de Euros.
No caso da Região Autónoma da Madeira (RAM), o RNB será, certamente, inferior ao PIB, tendo em consideração:
- a existência da Zona Franca da Madeira, representa cerca de 20% do PIB cujo rendimento é, em larga medida, imputável ao exterior;
- a RAM ser devedora, em termos líquidos, atendendo, nomeadamente, às dívidas para os investimentos (não prioritários) realizados na Região.

GR em incumprimento

Conforme reafirmei hoje no plenário da ALRAM, o GR e os serviços regionais de estatistica estãi em incumprimento com o previsto nos artigos 12 e 13 da Lei das Finanças Regionais. É o habitual, quando se trata de prestar contas é vê-los a assobiar para o lado...

domingo, 9 de março de 2008

Opções mais sustentadas

Esta semana o PS apresentará uma proposta que pretende esclarecer, de uma vez por todas, o que vale a Região em termos de criação de riqueza. Com esse esclarecimento será fácil perceber se as opções políticas do passado, que levaram à saída de Região objectivo 1 e consequente perda de fundos, foi a mais correcta ou antes, como penso, foi um golpe de AJJ a todos os madeirenses. Mais. Com a metodologia proposta pelo PS nunca mais é possível acontecer o que aconteceu sem que os madeirenses se apercebam da eventual golpada! É preciso transparência e verdade. É preciso instrumentos claros para que as opçoes de política económica sejam coerentes e adequadas...Veremos o que fará o PSD.

Alberto decepcionado?

Parece que os resultados das directas do PSD Madeira não são o que AJJ esperava!

sábado, 8 de março de 2008

Areia para os olhos

Qual o ponto de situação do plano regional contra a droga? é óbvio que nada foi feito. Está tudo pior que antes e nem o relatório anual previsto foi apresentado. Pudera, era capaz de ser um documento em branco!
Em vez disso, o Secretário Jardim Ramos enche o peito e diz que vai alterar uma lei...Areia para os olhos. Até quando?

sexta-feira, 7 de março de 2008

A casa dos horrores


Foi discutido ontem a proposta do PS para resolver a casa dos horrores que é a agenda de investimentos das sociedades de desenvolvimento criadas pelo Governo do PSD. Pelo que vejo hoje na imprensa poucos acharam relevante a proposta do PS. Talvez eu esteja enganado mas este não é um problema menor sobretudo quando se analisa os resultados dos planos de actividades dessas sociedades. Senão vejamos:


Com um investimento de 500 milhões de euros foram criados apenas 194 postos de trabalho. Este é um grande falhanço do ponto de vista macroeconómico. Se alguém tem dúvidas basta comparar os resultados do sitema de incentivos às empresas que (apesar da avaliação que ainda tem de ser feita) com incentivo de 174 milhões de euros alavancou 493 milhões de euros de investimento privado e criou 5 200 postos de trabalho. Parece claro onde deve ser dada prioridade.


Mais. Os absurdos investimentos das sociedades expulsaram o investimento privado e criaram situações de concorrência injustas e que desmobilizam o sector privado. Veja-se, a propósito, os investimentos em restauração (?) do GR.


Por outro lado, contrariamente ao que se tenta dizer, as sociedades não aproveitaram nenhum (ou muito pouco) dinheiro dos fundos europeus. A confoirmar está o relatório do Tribunal de Contas que esclarece que em 11 projectos submetidos ao anterior QCA, apenas 1 poderia ser elegível. Também aqui uma fraude do tamanho do mundo.


Mais. O financiamento que sustenta e sustentou todo este disparate no quadro da análise das opções de política económica foi obtido com recurso à banca. Até 2011 estamos no período de pagamento apenas dos juros, a partir de 2012 inicia-se a amortização do capital. Assim, tendo presente que os investimentos efectuados não libertam meios (a não ser que se coloque, por exemplo, portagens nas inúmeras promenades feitas em toda a ilha) o orçamento regional terá de desembolsar por ano cerca de 60 milhões, além do aumento da despesa corrente para pagar a manutenção destes admiráveis investimentos!


Quando se esperava que estes investimentos fora do Funchal iriam fixar as populações eis que as estatisticas provam que nos últimos 10 anos a costa norte perdeu mais de 12% da população.


Como se não bastasse os resultados apresentados, verifica-se que este autêntico pesadelo não terminou. A lista de projectos previstos para o futuro mantêm a lógica não produtiva e por isso tudo isto ainda vai piorar.


Sendo assim, o PS acha oportuno, e até determinante, rever o modelo, torná-lo mais eficaz e garantir duas coisas essenciais:

Definir um Plano de Rentabilidade dos Investimentos (para os já efectuados), com a participação de privados e suportado nos financiamentos do QREN. Esta é a atitude mais responsável perante as asneiras feitas. Não podemos ignorar o que já existe. Para isso também é preciso uma solução.

Além disso, e mais importante, é fundamental redefinir uma agenda de investimentos para o futuro, assente na inovação e com participação activa de privados de modo a despoletar projectos produtivos e que criem emprego.


Enfim, há quem ache que isto não é relevante. Veremos!?

Molhe de bróculos e medo

A filososfia da carreira docente na Madeira é a mesma do quadro nacional. Aparentemente parece mais favorável mas na prática será, cheira-me, bastante mais penalizadora (bastando reflectir sobre o exame previsto e a forma como este regime arrogante e autoritário trata estas coisas!). A política sobre esta matéria (mas também outras) na Madeira não está na rua (usando uma expressão muito em voga) e a razão é porque os sindicatos dos professores estão satisfeitos! E os professores estarão?

"Monte cacos"

O DN fez a seguinte noticia:

"...Se é para aprovar um PDM, Jardim resolve. Se é para o suspender, Jardim também resolve. Se é para aprovar um plano da orla costeira, Jardim resolve. Se é para um debate público... esqueça. Passa a ser tudo resolvido na mesa do Conselho de Governo, na Quinta Vigia..."

O passado já era assim, não apenas no ordenamento. Será assim no futuro...
Só não sei se restará alguma coisa no monte de cacos em que o PSD e AJJ transformará a Madeira!

Um escândalo que nunca mais acaba!

O Porto de Leixões movimenta 282 000 contentores e o respectivo concessionário do Porto, factura, de acordo com o seu relatório de contas 2006, cerca de 38 milhões de euros.

Da concessão efectuada ao terminal de contentores a autoridade portuária recebe quase 11 milhões de euros, além dos quase 3 milhões da concessão à carga geral e granéis.

No Porto do Caniçal movimentam-se por ano cerca de 81 000 contentores, a facturação da OPM é de cerca de 15 milhões de euros, não existe concurso público, concessão ou contrapartidas.

Ou seja, a OPM factura metade (??) do concessionário de Leixões e movimenta menos 4,5 vezes o número de contentores.

O Porto de Aveiro que movimenta perto de 3 milhões de toneladas, contra a 1,8 milhões do Caniçal, o seu concessionário pratica preços na ordem dos 122 euros contra os 197 do Caniçal. Mesmo assim, esta concessão vale à autoridade portuária de Aveiro cerca de 5 milhões de euros. Na Madeira, nem concurso público, nem concessão, nem contrapartidas.

Portanto, reside aqui o facto de ser praticamente impossível, com esta política, que a APRAM reduza as suas elevadas taxas.

Um escândalo com 16 anos


A operação portuária na Madeira: uma golpada na Economia da Madeira e nos madeirenses. Quem se responsabiliza por uma situação cujo custo ronda os 2,5 mil milhões de euros? Porque razão o governo continua nas covas sem demonstrar vontade objectiva de resolver este problema? E mesmo que o resolva vai pedir desculpa pelo passado?

ficam algumas notas sobre como tudo começou:


Tudo começou com a necessidade de reestruturar o porto da Madeira. Para isso era preciso dinheiro e bastaria que alguém assumisse uma dívida para esse efeito (ou então que tivesse capacidade financeira). Ora o grupo (não era grupo, eram pessoas) que assumiu esta situação não tinha, na altura, nenhuma capacidade financeira. Por isso, a "coisa" fez-se com recurso a endividamento, com aval da região (ainda por cima) e aqui já era de questionar se assim era porque não um concurso?! Mas a marosca era sofisticada: estava previsto, sem ninguém saber (porque se soubessem haveria outros interessados), que o pagamento da suposta dívida da reestruturação dos Portos da Madeira seria feito através de uma sobretaxa de 25% paga por todos nós, porque era realizada através do aumento do preço da contratação de trabalhadores da ETP mas que depois revertia para a OPM, para esta concretizar o pagamento do esforço da dívida.

Ou seja, desde o inicio que a OPM foi um mero intermediário no empréstimo efectuado, nunca se responsabilizando pela tal dívida que durante mais de 10 anos – pelo menos, até serem conhecidos os resultados do estudo da ACIF – foi apresentada como sendo uma obrigatoriedade para eventuais interessados na exploração portuária da Madeira, constituindo, assim, uma enorme barreira à entrada de outros operadores (ou seja sempre que alguém mostrava interesse lembravam-lhe que tinha que pagar 50% do que a OPM já pagara- era obviamente mentira porque, verdadeiramente, nunca pagou nada!). A dívida, sublinhe-se, fomos nós que a pagamos através de outra taxa, esta escondida, nos custos de transporte.

Mais. A situação é tão escandalosa que nunca o Governo Regional obrigou sequer à existência de uma conta corrente por parte da OPM, de modo a acompanhar o pagamento do referido empréstimo. Ou seja, sempre que se falava no assunto da operação portuária, a OPM falava na dívida da reestruturação ( e a obrigatoriedade de possíveis concorrentes terem de pagar metade desta para puder actuar na operação portuária). Sempre que se perguntava qual era o seu estado de amortização, ninguém sabia responder. Nem o Governo, nem a OPM! A dívida estava paga em 1995 mas a sobretaxa manteve-se por mais meia dúzia de anos. Como já não havia divida ficava para o operador!

Mais tarde no inicio do ano 2000 aparece outra barreira: o equipamento vertical e horizonatal...E assim vamos, de golpe atrás de golpe, temos o porto mais caro do mundo!

O David e Golias na ALRAM

O líder parlamentar do PS Victor Freitas escreveu no seu blogue:
A PRIMEIRA LINHA DA BANCADA DO PSD - TRATA DOS NEGÓCIOS.
A SEGUNDA LINHA - TRATA DO PARTIDO.
A TERCEIRA LINHA FAZ AS DESPEZAS DA CASA ... À RASCA, MAS LÁ VÃO FAZENDO.
e
O GOVERNO DO PSD, NÃO GOVERNA!
Eu acrescentaria:
esta estratégia do PSD não demonstra astúcia, revela dificuldade e confirma a total incapacidade que tem demonstrado em ganhar os debates na Assembleia. Na verdade, até hoje, a oposição ganhou todos os debates. Foi concreta, factual e severa. A Réplica pelo PSD começou por ser emotiva (por isso frágil e insustentável!), com o mesmo argumento de sempre (Sócrates, Lisboa, República, Constituição, Povo Medíocre...Bodes expiatórios) e agora caminha para a mediocridade de maneira a não comprometer as primeiras figuras (se não intervierem não se comprometem!).
Deixo um repto: vale ou não a pena uma reflexão sobre uma Assembleia onde a larga maioria dos deputados (eleitos pelo PSD) não tem sido capaz de se sobrepôr (mesmo com mais tempo, com mais gente e com o poder a seu lado) a meia dúzia de deputados da oposição?

quinta-feira, 6 de março de 2008

À sombra da bananeira II

Quem tem dúvidas sobre os factos basta olhar para a ordem de trabalhos da ALRAM da próxima terça feira, dia 11 de Março, e confirmar que nem o PSD nem o Governo Regional tem qualquer tipo de iniciativa agendado. Estão à espera que o divino Espírito Santo (ou então o Sócrates) resolva os problemas dos madeirenses. É verdade, é este o fantástico governo do PSD!

Estudo low cost

Está a decorrer um concurso para a realização de um estudo sobre o impacto das companhias de low cost no turismo. Cheira-me que esta abordagemnão é pacífica entre todos os empresários do sector. É clara uma evidente diferença de opinião entre empresários com provas dadas e reconhecidos méritos! Resta saber se a entidade responsável pelo estudo tem um objectivo genuíno ou estamos perante uma tentativa de desiquilibrar para uma das partes. Veremos...

À sombra da bananeira


Hoje, como ontem, a partir das 11 horas da manhã se a oposição, e em particular o PS, retirasse as suas propostas para discusssão, a ALRAM fechava. Porquê? Simples. O partido que sustenta o governo não tem propostas para resolver os problemas da Madeira, todos da responsabilidade da governação PSD (há 30 anos poder!). Além disso, como o governo não governa também não há trabalho e por isso a ALRAM não tem de se pronunciar. A oposição faz as despesas da casa apresentando soluções que, de forma irresponsável, são chumbadas pelo PSD.

Hoje, houve quem afirmasse, dentro do próprio PSD, que a proposta do PS das sociedade de desenvolvimento era a solução que o Governo queria mas agora não a executará...Enfim, politica com seriedade!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Obrigatório

É de leitura obrigatória o artigo de João Welsh no DN electrónico. Por um lado, é animador verificar que um empresário como o João Welsh partilha das nossas preocupações e compreende o apelo que temos feito a uma nova forma de encarar o sector do turismo, à importância que tem a defesa da sua sustentabilidade, e até ao perigo que corremos ao seguir o modeloo presente. Mas, por outro lado, á assustador verificar que muito poucos têm a coragem do João e que, sobretudo, o governo do PSD não entende ou não quer perceber esta necessidade. É óbvio que o PSD já não é capaz de encontrar as soluções necessárias. Está acantonado num modelo onde a construção civil ocupou definitivamente o espaço da lucidez económica....

Justiça pelas próprias mãos


AJJ instigou, ilegitimamente, como é óbvio, que os civis fizessem justiça pelas próprias mãos no que respeita aos traficantes de droga. Não é este senhor que, de vez em quando, vem dizer que está preocupado com o clima de suspeição? Ora mais grave que o clima de suspeição (segundo ele, porque na verdade um Presidente sério estaria preocupado com o nível de corrupção) é dar luz verde para um clima de instabilidade na sociedade com apelos à violência, atirando madeirenses contra madeirenses. O que AJJ fez é ilegal e sobretudo demonstra uma absurda forma de encarar os problemas...Estamos bem entregues. Até quando?

Calinadas na coerência


Será que ninguém verifica a total falta de coerência de Albuquerque? Como é possível vir fazer uma defesa da policia municipal quando em altura de campanha ousou dizer que a proposta do PS era uma "tontice". E não me venham com o argumento que o actual Presidente da Câmara o que quer é a tutela das polícias municipais, porque o que esteve em causa na campanha foi o principio e a importância desse instrumento para o apoio ao combate ao crime (libertando a PSP) que ele agora diz ser útil...Se estas calinadas dos homens fortes do PSD fossem desmascaradas convenientemente, a accountability dos votos seria totalmente diferente. Não acham?

terça-feira, 4 de março de 2008

Governar pelo canudo

Confrontado com o falhanço da sua política social, e em particular no combate à toxicodependência, AJJ afirmou hoje num bairro social da cidade o seguinte: "jovens afastem-se do mundo da droga". Esta conversa quase parece uma comédia se não fosse tão trágica. Ninguém precisa de conselhos pseudo-morais do Presidente do Governo. Esperávamos acção e medidas concretas. Já agora, quais os resultados do famoso programa de luta contra a droga para o período 2005-2008? Parece evidente que não é necessário perguntar...Ruído AJJ faz muito, "governar é que só pelo canudo"!

Cai quem quer...

O Secretário da Agricultura e Recursos Naturais adora governar pelos jornais e não na resolução dos problemas que tem de enfrentar. Acabei de o ver na RTP Madeira, depois de uma reunião no parlamento da RAM, a dizer meias verdades e até a mentir. Em primeira lugar, disse que o programa comunitário de apoio ao mundo rural foi o que mais cresceu, de 110 para 170 milhões. É verdade, mas ficava-lhe bem dizer que isso aconteceu à custa do esforço do Governo da República. Por outro lado, e aqui em sentido contrário, mentiu ao dizer que seria dificil executar o plano porque a Lei das Finanças Regionais pode impedir a obtenção de 30 milhões para o co-financiamento. sobre isto quero dizer o seguinte: em 2008 a Madeira recebe mais da LFR do que recebeu em 2007; a poupança de 5% no excesso de despesa pública da Região (ultrapassa os 65% do ORAM2008) equivale a poupar mais de 32 milhões de euros, só num ano...Enfim a demagogia do costume para embasbacar distraídos...

Perdoai-lhes que eles não sabem o que fazem...

Hoje fiquei a saber, por um amigo, que o conselho directivo da Jaime Moniz, substituiu um dos livros de apoio às aulas de Sophia de Mello Breyner, uma das mais importantes escritoras portuguesas contemporâneas, por um livro de Francisco Fernandes, Secretário Regional da Educação. Palavras para quê!

Garrote à oposição

Nesta pseudo-democracia, à imagem de AJJ e Jaime Ramos, os debates de urgência na ALRAM, figura regimentar que configura um bom funcionamento de qualquer parlamento, só poderão existir se o partido da maioria (o PSD da Madeira) achar que é mesmo urgente. Há coisas fantásticas não há?

segunda-feira, 3 de março de 2008

Assim vamos...

Então está a decorrer, debaixo do nariz de toda a gente, uma partilha da publicidade entre dois órgãos de comunicação social, um deles propriedade do Governo do PSD, e reina um silêncio ensurdecedor? Afinal onde vamos parar? Deve ser por isso que apesar do KO da Secretária no parlamento, sobre o escândalo do Porto da Madeira, ainda houve quem tivesse conseguido observar uma prestação fora do comum, tendo esta acabado por ter honras de pódio"!?

Esperemos que haja bom senso!

O actual Secretário dos Assuntos Sociais já despediu um dirigente do Governo do PSD da Madeira porque disse a verdade e esta era inconveniente para a governação. No essencial desmararava-a! Agora Manuela Parente vem, num trabalho efectuado pela Lilia Bernardes, falar de uma dura verdade com responsabilidades para o Governo do PSD e a sua apática e irresponsável governação. Só faltava agora perseguirem Manuela Parente!

Horror...


É arrepiante o artigo de Lilia Bernardes sobre o crescimento do consumo de droga. Imaginem crianças de 10 anos dependentes de heroína na nossa Região. Imaginem cercad e 2000 pessoas dependentes de heroína, pelo menos em acompanhamento, fora as outras! O que fez o Governo Regional. Onde pára o programa de luta contra a droga 2005-2008?

É um drama com o governo a ver passar e apenas a PJ mostra preocupação!?


Leiam o artigo da Lília. Vale a pena. Na minha opinião é preciso requerer ao GR um debate urgente sobre isto e sobre os resultados do programa de 2005...Andam todos a brincar e a colcoar em causa toda a sociedade. Não tenhamos dúvidas que este drama atravessa toda a sociedade. As consequências poderão ser catastróficas...



"É normal uma criança ter hábitos de consumo em família toxicodependente"
Sentados na berma da estrada, maldormidos, de olhar perdido, esperam junto ao Centro de Atendimento de Toxicodependentes (CAT) do Funchal, Madeira. As portas abrem-se e partem para o aconchego de uma casa sem condições físicas para um atendimento ideal. As escadas estreitas, os gabinetes reduzidos, a sala de espera minúscula, são ultrapassados pelo sorriso e empenho dos técnicos e da directora, Manuela Parente, psicóloga clínica nascida no Porto e com experiência dos CAT do Norte. Vizinho do Liceu Jaime Moniz e de duas escolas profissionais, o CAT do Funchal atende 1800 heroinodependentes. Um número em crescendo quando comparado com os 1300 de 2006. Os últimos dados da PJ do Funchal revelam, também, que em 2007 a apreensão de heroína sofreu um aumento de 700%. E se é notório que a procura acompanha a oferta, o drama chega através de uma nova realidade: as crianças."Temos miúdos cada vez mais novos a iniciar-se na heroína. Miúdos que vêm de meios sociais muito degradados onde a heroína já é um hábito", disse ao DN Manuela Parente. Explica que há alguns anos era normal uma criança de dez anos ter hábitos alcoólicos numa família de alcoólicos. Hoje passou a ser "normal uma criança de 11 anos ser heroinodependente numa família de heroinodependentes. Não há muitos casos, por enquanto, mas os poucos que aparecem são suficientemente preocupantes para me deixar angustiada", afirma. Esta situação implica encontrar soluções, pois o centro "nos moldes em que está não é adequado para receber estas crianças. Não me interessa nada que digam que lá fora elas andam com adultos! Eles são demasiados novos, nem sequer são adolescentes. Vamos ter de encontrar espaço e estratégias próprias", reitera.

domingo, 2 de março de 2008

Agenda política versus discussão geral

A noticia principal do telejornal das 21 horas foi a referência à necessidade da Madeira apostar na Inovação e Atracção de Investimento Estrangeiro, de acordo com uma entrevista à Comissária do desenvolvimento regional. Há muito que abordo a necessidade deste esforço que deve reflectir uma alteração de estratégia. Mas, o que anda a fazer o governo nestas matérias? A discussão do orçamento de 2008 deixou claro a timida (raquitica, miserável,....) aposta nesta àrea em contraponto com o reforço do investimento no betão...Sobre isto não é necessário que os políticos façam intervenções ou que ocupem tempos de antena, conforme se queixam alguns jornalistas. Aliás, também acho que a orientação editorial não deve ser a agenda política. Mas, para não ser assim era indispensável que o serviço público de televisão e rádio fizesse o seu trabalho: esclarecesse, por exemplo, a vergonha na utilização dos recursos públicos e a ausência de estratégia e orientação da economia regional. Como? Com factos e eles existem. Só um exemplo: a cota 500 encaixa nesta necessidade de um novo paradigma? Claro que não, mas onde pára a reflexão?

Os buracos da CMF

Segundo a RTP, nos próximos dois anos a CMF vai tapar todos os buracos das estradas do Funchal. Foi noticia de abertura. Depois de 4 minutos no jornal das 18 horas e de mais uns quantos no jornal das 21 horas não percebi se se tratava de uma intenção ou de algo concreto?! De facto, oportuno e relevante.

Balelas inconsequentes

Não tenho nenhum receio em aceitar que os administradores das sociedades desportivas sejam remunerados, como defende Rui Alves. Aliás, essa poderia ser a forma de exigir/garantir mais transparência no futebol até porque fica sempre a sensação (no geral) que estes são sempre remunerados, de uma maneira ou de outra.
No caso da Madeira, onde o Governo regional sustenta a maior parte (senão mesmo a totalidade) deste tipo de actividades remunerar os adminstradores será o reforço do controlo absoluto de entidades desportivas.

A liberalização...Volto a dizer

Há muito tempo que chamo a atenção para os perigos de uma liberalização de um tema tão relevante como os transportes aéreos sem o devido acompanhamento das entidades responsáveis. Na verdade, aqui neste blogue já escrevi que a liberalização pode ser um remédio ineficaz para a melhoria dos transportes na Madeira e para que seja um factor de mudança carece de um esforço do Governo Regional de modo a evitar que a pequena escala do mercado da Madeira não seja um argumento aos operadores para ficarmos piores do que estávamos: preços mais altos e menos frequências...Este cenário não é assim tão distante como possa parecer. Sem obrigatoriedade de serviço público e com poucos (ou os mesmos operadores) é quase certo que o mercado não irá satisfazer as intenções da Madeira.
É por isso que concordo em absoluto com as dúvidas de LFM que no seu blogue refere um artigo do DN Madeira (julgo que do Oscar Branco) sobre este possível cenário.
Então o que era esperado? Antes de mais uma clara noção da capacidade do mercado da Madeira em atrair outras companhias. A liberalização de per si não atrai. Era preciso uma atitude pró-activa do Governo Regional. Infelizmente a nossa responsa´vel pela pasta dos transportes anda há muito tempo a estudar dossiers mas quanto a soluções e inicitivas objectivas não se conhece nada. Esperemos que seja apenas uma questão de estilo!?
Por outro lado, era bom não confundir o que se passa na rota Lisboa Madeira com o tema das companhias de baixo custo em que o GR paga para virem para cá!? Esta situação tem outros problemas (em que se destaca a passagem da depedência dos operadores tradicionais para a companhia aérea, mantendo a dependência do nosso turismo).

Não contem comigo...


Sobre a discussão lançada por Miguel Fonseca gostaria de sublinhar o seguinte:

Da minha parte não tenho nenhuma motivação para discutir mais autonomia enquanto o rombo democrático na Madeira se mantiver da forma como observamos todos os dias. Mais. Neste ponto de vista, a situação de hoje é até mais grave que no passado: a captação de toda a sociedade civil pelo regime do PSD assume contornos inqualificáveis e insuportáveis não existindo nenhum mecanismo "equilibrador" desta situação. Sendo assim, mais autonomia, no contexto actual, quer dizer mais poder a este regime perverso e anti-democrático. Não contem comigo!

sábado, 1 de março de 2008

O drama do desemprego na Madeira

O desemprego desceu em Portugal. Mira Amaral, ex-ministro da indústria do PSD, referiu recentemente que o desemprego em Portugal era transitório porque o país está a proceder a uma reforma do padrão da economia.
Pois, é por isso que em Portugal o desemprego já desce, enquanto na Madeira isso não acontece nem acontecerá enquanto não se proceder a uma reforma económica séria. Pode até acontecer que de forma leviana se volte a boicotar o futuro "gastando" o pouco dinheiro dos madeirenses e usando empréstimos, que arruinarão o nosso futuro, para fazer obras inuteis e com isso baixar o desemprego. Contudo, sempre que se fizer isso, o problema agrava-se e o desemprego virá com mais força...

Lá...

Ontem a RTP inaugurou um novo programa: os corredores do poder. Assim, semanalmente, com todos os partidos representados, haverá um debate sobre a actualidade. E na Madeira?

Sem surpresa

A manifestação dos professores na Madeira não teve adesão por 3 razões complementares:
MEDO
PROPAGANDA DO PSD
CONTROLO DAS ESTRUTURAS SINDICAIS
O resto são cantigas...