quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Em prol da discussão serena

LFM afirmou no seu blogue que se surpreende com o dialogo sereno que temos estabelecido nos últimos tempos. Pois LFM não se surpreenderia se me conhecesse melhor. No regime em que vivemos e na pressão permanente sobre quem tem opiniões diferentes do status quo e do poder leva, muitas vezes, à necessidade de extremar posições de modo a obter resultados. Mas, LFM permita-me que lhe pergunte quem é que na Madeira tem abusado desenfreadamente dessa forma radical de lançar o debate, ao longo dos anos, que não AJJ? O mesmo que LFM afirma ser incondicional? A diferença é que o poder está do lado de AJJ. A comunicação social habituou-se a apelidar a oposição de "pata rapada", seguindo orientações, na maior parte dos casos maldosas de AJJ. Para a opinião geral, AJJ é defensor da Madeira, e a oposição é radical.
Permita-me que lhe recordo um episódio: na campanha autárquica lancei o debate sobre a corrupção na CMF. Aliás todos os temas que constam do relatório da inspecção foram lançados pela minha candidatura. O que aconteceu? Eu digo: a comunicação social remeteu para uma espécie de "apanhados" e o Carlos Pereira foi o radical da campanha. Pois é. Agora existe um relatório, patrocinado pelo governo e vale a pena perguntar: quem é radical?
Caro LFM, estar na oposição na Madeira não é o mesmo que ser oposição num estado de direito. Eu sei que sabe do que falo. Aliás, gostava muito que o respeito que, sinceramente, tenho pela sua opinião e de outros quando procuram o bem comum, independentemente da estratégia política, fosse um apanágio da nossa democracia. Infelizmente não é assim. Se assim fosse tenho a certeza que ganharíamos todos. Não sei se o PSD ganharia tanto como tem ganho, mas não duvido que a sociedade beneficiaria muito mais. Sei que compreende o que digo.

Sem comentários: