domingo, 22 de julho de 2007

Presidente à margem...


Eu até compreendo o exercício político em torno da aplicação da nova lei do aborto. Estou consciente da eficácia das "patetices" e das intervenções ridiculamente vistosas do novo Secretário Regional dos Assuntos Sociais. Todos sabemos que o referendo teve, na Madeira, resultados que sugerem este tipo de comportamento, na perspectiva da eficácia política. Mas o grave, muito grave mesmo, é que o país tenha um Presidente da República que veio dizer, apenas, que os que se sentissem lesados podiam recorrer aos tribunais. Até aí todos já sabíamos, afinal de contas esta lei é nacional e nada contraria a obrigatoriedade de aplicação na Madeira, independentemente dos resultado do referendo. O que devíamos esperar do Senhor Presidente da República era uma intervenção séria e conclusiva sobre esta importante matéria. Colocar-se à margem é contribuir para marginalizar os madeirenses e deixar no ar a ideia de um país, dois ( ou vários) "sistemas". Na verdade ser Madeirense no arquipélago de AJJ começa a querer dizer ser exótico, extravagante, esquisito, excêntrico e, para isso, contribui estes comportamentos singulares do Senhor Presidente da República e de outros órgãos de soberania da nação.

Sem comentários: