sábado, 21 de julho de 2007

Inconsequente


O défice democrático na Madeira não é uma bazófia ou uma figura de estilo. É real, penalizante, confrangedor e destrutivo. Por isso não compreendo que o debate da Assembleia da República, com o contributo de José Sócrates, se limite a afirmar o óbvio: na Madeira não há democracia. Na verdade o que se esperava do Primeiro Ministro de Portugal era que explicasse aos Portugueses, e aos madeirenses em particular, qual o seu contributo para a alteração da vergonha que é a realidade do regime de AJJ. O que eu esperava deste Primeiro Ministro era que colocasse no terreno uma agenda séria e convicta que permitisse ultrapassar, o quanto antes, os atropelos grosseiros à convivência democrática. Até hoje, infelizmente, o Senhor Primeiro Ministro gere a sua própria agenda e, em nenhuma circunstância, colocou, efectivamente, em cima da mesa, a questão da democracia na Madeira.

Quero reafirmar, sem complexos e "dores de alma" que, para mim, este é o tema mais importante dos próximos tempos, quer o Senhor Primeiro Ministro goste ou não, quer contribua ou apenas se entusiasme no calor da Assembleia da República numa actuação absolutamente inconsequente.

1 comentário:

Anónimo disse...

http://pensamadeira.blogspot.com

Falar (escrever) é fácil pelo que pedia-lhe que deixasse aqui algumas sugestões ao Primeiro Ministro (que até poderia ser de outro partido) de como fazé-lo.
Não se esqueça que a Madeira é autónoma e que a autonomia serve de respaldo ao AJJ e ao PSD/M para os seus abusos. Nesta situação e porque estamos em democracia só é possível chamar a atenção do eleitorado para os abusos. Aquele pode ser ou não sensível aos abusos e ilegalidades. Pelos vistos o eleitorado madeirense não é.
Qualquer intromissão da República na Madeira só reforça o poder do AJJ.